um blogue saudosista com base em textos por aí publicados.

gosto de ler

terça-feira, 31 de março de 2009

a póvoa está cheia de punhetas


Sonhei com a cantora careca. Nunca percebi qual a razão por que se sonha com alguém ou algo. Muitos diziam que a achavam sensual. Para falar verdade nenhuma mulher careca pode ser sensual. O cabelo de uma mulher é das coisas mais fundamentais. Juntamente com os olhos. As mulheres com aqueles olhos e aqueles cabelos são as mais sensuais. O olhar diz tudo e o cheiro do cabelo diz o resto.

Nem sequer me lembro de qualquer canção que ela tenha interpretado que a tivesse elevado ao patamar de sensual.

Sensual é por exemplo o ritmo de “Street Life” . Até arrepia. Mas Randy Crawford não é uma mulher sensual. Mas se imaginarmos Gisele Bündchen a interpretar “Street Life”, ainda que em playback, a canção assume contornos de sexo puro e duro.

Tudo isto porque ontem estive a fazer uma disputa com a minha mulher sobre canções com ritmo sensual. Ela colocava uma e eu respondia. No final ganhei a aposta. Mas ela deixou marcas profundas, ou não fosse uma conhecedora.

Por exemplo, deixou-me intrigado e impressionado com o ritmo sensual de “The Captain Of her Heart” .

Mas eu deixei-a num estado lastimoso quando lhe coloquei “Venceremos” dos Working Week, interpretado por Tracy Thorne dos Everything But The Girl e Robert Wyatt.

Não gosto de perder e mais uma vez, para desespero dela, venci a contenda.

Acabámos, por sua sugestão, a dar um passeio pela Póvoa de Varzim, considerada por muitos que cá não moram uma beleza de uma cidade.

Até dá para rir.

Eu, aliás, acho muito honestamente que Macedo Vieira já não vê qualquer sentido nas palavras que profere. Aquilo sai de forma mecanizada. O homem é um robot, ou um fantoche.

Um dia destes estava ele a falar da Lipor, de que se orgulha ser Presidente do Conselho de Administração, e dos números, em toneladas, de recolha de lixo reciclado.

Quem o conhecer, como nós poveiros o conhecemos, sabemos de imediato que o telefonema da rádio foi combinado, ou até foi ele quem telefonou:

Triim Triim!

Rádio Póvoa boa tarde!

Rádio Póvoa? É nova essa rádio home?

Ai perdão, rádio rio.

Até me confundes todo pá.

Faz favor senhor presidente.

Pá tenho aqui uns números da Lipor para te dar, ouvistes?

Faxavor.

Ora reciclamos dez mil toneladas de lixo, o que dá 10% de todo o lixo recolhido, o que dá… …oh carago num consigo ler isto. Oh salmonela vê se consegues ler isto aqui.

Num conxigo xenhor prexidente.

Antão chama o Legionela.

Legionela! Oh Legionela!

Paperlapparararape, cá estou.

Dize-me o que está aqui escrito.

10% de nove toneladas são nove quilovates.

Hein? Oh, eu tou fudido cum estes gaijos.

Pronto pá, é isso.

Macedo Vieira não sabe falar. Ponto final. Mas é um papagaio. Fala pelos cotovelos. De forma que é uma delícia ouvir as suas intervenções nas rádios. Confesso: é o melhor que há. Até vou sentir saudades do homem quando ele for embora, a bem ou a mal.

Começámos pelas obras da Avenida. Está bonita a obra pá. Temos que ser sinceros. Aquilo é uma grande obra de engenharia. Comprámos barato o esquema a Viana do Castelo e agora estamos a exportar caro para outras cidades, fazendo com isso muito dinheiro que entra nos bolsos da autarquia, o que permitirá melhorar o nível de vida dos poveiros, segundo palavras do próprio Macedo Vieira. Coitado! O leitor percebeu a ideia?

Lá está. Não é para perceber.

Senti que estava com extremas dificuldades em encontrar uma árvore, digna desse nome.

Entrei na placa de cimento do Passeio Alegre, segui pela placa de cimento junto ao Casino. Voltei pela placa de cimento em frente ao Porto de Pesca. Segui pela placa de cimento que é a Avenida dos Banhos. Parei na placa de cimento que é o Largo com o quiosque do Esquinada.

povoa de varzim


povoa de varzim



Aqui parei para rir. É o arquitecto do regime. Em tudo que coloca as mãos lá vem a bancada para os sócios. Está lá uma, está outra na destruída Praça do Almada que até serviu para apresentar o Cycling Club e há mais umas quantas. As bancadas do arquitecto do regime.


Segui até à Escola Rocha Peixoto e dei de caras com a estátua do Sá Carneiro. O homem era feio e baixo mas merecia uma estátua melhor. Foda-se. Aquilo foi feito na poupança. Na época, acho eu, a Câmara era CDS, mas podiam ter melhorado aquilo, entretanto, já que o “vieirismo” já destrói a Póvoa há 16 anos.


E o homem ainda tem que aguentar o frete dos emigrantes, dois comparsas com “calças à boca de sino”, feios quanto baste, ali ao lado.


O outro é que foi mais fino. Fez uma estátua dedicada a ele e depois disse a todo o mundo que era dedicada ao emigrante.


Só trafulhas!


Foi como aquele parasita de Rates. Anda lá a apresentar, para meia dúzia de trengos, a Agenda XXI, que o povo da freguesia nem sabe o que é, e aquilo tudo a arder num incêndio que foi o maior desde o Verão quente de 2006. E estávamos em pleno Fevereiro.Parasitas!


Pois aquele jardim é de rir. Aqui não me ri sozinho, ri-me com a minha mulher. Ela também gosta de rir.
povoa de varzim

Aquilo é o que se chama um verdadeiro “espaço verde” no sentido literal do termo. Não sei se o leitor está a ver? É verde aquela merda!


Continuámos e fomos até ao Largo Elisío da Nova, acho que é este o nome. Ali em frente à Estação dos Correios.


Apanhei um susto que me ia mijando todo. Por acaso, desde que o Zé Mijão escreveu aquele artigo no Comércio a queixar-se de falta de casas de banho na cidade, Macedo Vieira, sempre solícito às queixas dos munícipes, lá colocou uma na Matriz e outra em frente aos Correios.


A da Matriz já está enquadrada no Centro Histórico, a próxima grande obra que Macedo Vieira sonhou para a cidade.


Será que ele não sonha com gajas? Com o tamanco em casa, o homem só lhe dá para sonhar com obras. Está doente. Os amigos que o recomendem a um psiquiatra. Atenção que o próprio não se apercebe.


A dos Correios devia estar lá, mas não estava. De forma que eu já ia fazer aquilo que os cães fazem: mijar no relvado.


Só que o puto do relvado desapareceu.


De tantas queixas dos vizinhos sobre os excrementos de cão, a Câmara através do Salmonela, o que fez?


Tirou o jardim. Ficaram as árvores rodeadas de cimento.

povoa de varzim


Assim se resolveu um problema. Se mais continuarem a cagar, mais jardins se tiram à cidade.


É de rir. Desalmadamente. E não é preciso terapia.


Aí é que eu me assustei.


Como a areia da praia está cheia de merda de cão, será que a Câmara vai retirar a areia e acabar com a praia?


É o fim de uma cidade cinzenta.


























segunda-feira, 30 de março de 2009

a utopia do bom ambiente






Tive conhecimento do episódio que se segue há cerca de um ano e, a partir daí, fui monitorizando o local podendo o leitor verificar que aquilo que se diz em surdina é, na realidade, facilmente constatado por qualquer simples mortal.




Não sei ao certo, porque não tive a oportunidade de verificar – de me documentar – , mas na última campanha para as Autárquicas, a questão, que bem ou mal, foi levantada, prendia-se com o facto de existir uma tampa de saneamento básico em ferro fundido, com os dizeres de: “Câmara Municipal da Póvoa de Varzim – saneamento básico” (julgo!) no parque de estacionamento do Restaurante Aqueduto no Alto da Póvoas.






Não posso precisar se a questão foi denunciada pelo P.S. (Partido Socialista), ou pelo B.E. (Bloco de Esquerda) ou se pelos dois, mas para o caso, não é relevante.




Para este assunto o que realmente importa referir é que toda esta zona, onde está implantado este complexo hoteleiro, é de reserva florestal, se não me engano porque, na prática, não é permitida a construção de edifícios, salvo situações muito limitadas e previstas na Lei.




Na altura, lembro-me que, o próprio dono do Restaurante ao ser entrevistado disse que iria agir judicialmente contra aqueles elementos (dos partidos atrás referidos) por difamação – um direito que lhe assiste certamente e ninguém lho nega.






Volvido todo este tempo, cerca de três anos e meio, ainda não houve a formalização de inquérito referente a este assunto. Logo, digo eu, ao manifestar a intenção de apresentar queixa-crime contra os autores da denúncia, o proprietário do Restaurante Aqueduto desviava assim as atenções sobre o seu enorme complexo hoteleiro.




O que me choca em todo este processo não é o facto de Restaurante Aqueduto estar implantado em zona proibida à construção, nem pelo facto de ter sido construído há já cerca de sete ou oito anos, mas sim pelos crimes ambientais cometidos durante todo este tempo.




Para quem não sabe o Restaurante Aqueduto está implantado numa zona não abrangida pela rede de saneamento básico, logo todo ele era canalizado para a(s) fossa(s) séptica(s). Até aqui não existirá, aparentemente, qualquer tipo de crime ambiental, dirá o leitor deste importante meio de comunicação (quase) social.






Mas na realidade os responsáveis deste restaurante aproveitando, inicialmente, o silêncio da noite, despejavam para a valeta, a(s) fossa(s).






Foi durante muito tempo.






Mas agora utilizam um dispositivo muito mais virado para as novas tecnologias – ou seja – têm um motor que liga e desliga automaticamente assim que a(s) fossa(s) estejam cheias, e sempre para a via pública.




Mas…, poderá perguntar o leitor, a Câmara Municipal terá conhecimento? – Pergunta pertinente.




De facto, a Câmara tem obrigação de ter conhecimento de todas as edificações existentes no concelho, mas acredito que pelo enorme volume de trabalho lhes tenha escapado (por muito grande que seja!).




Agora o que não entendo é, como é que (isto é realmente chocante!)…:




Os jantares do P.S.D. foram feitos, muitos deles, neste restaurante.




Conhecendo a opinião de alguns leitores deste blog, arrisco a adivinhar que irão dizer/escrever que é todo uma falsidade.




Provavelmente, os relatos que se ouvem acerca da limpeza com o camião cisterna (da Câmara) das zonas afectadas será eventualmente da responsabilidade e iniciativa do próprio condutor que nunca terá dado conhecimento aos seus superiores hierárquicos – mas no caso também não fazia mal, porque o condutor deste camião, costuma ser um primo do Senhor Presidente da Câmara.




Desconhecendo a Câmara a existência deste complexo hoteleiro, não se percebe então, como é que a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim tenha realizado durante muito tempo jantares de Natal para os funcionários da Autarquia.




Provavelmente este assunto não será do conhecimento do vereador do Pelouro do Ambiente, dirão os defensores mais acérrimos do sistema, poderia ser verdade, se não fosse o facto do próprio vereador, pela altura do seu casamento, ter tido conhecimento deste facto – até porque o copo-de-água foi realizado no Restaurante Aqueduto




As consequências ambientais são terríveis, os esgotos são canalizados para a valeta e acumulam-se numa bouça a uma cota mais baixa. Aí, com a continuidade, a flora alterou-se substancialmente onde era mato e tojo é agora um canavial (não argumentem, senhores que estão nos poderes, que esta situação é resultado das Alterações Climáticas!) é sim resultado de um desrespeito das questões de cidadania e da causa pública.






O que me leva e escrever este texto não tem nada de pessoal em relação ao Restaurante Aqueduto ou ao seu(s) dono(s), mas sim o desrespeito pelas questões ambientais.






Até porque nesta zona do Alto das Póvoas não é só este restaurante. É também possível encontrar uma sucata de dimensões impressionantes uma lavagem de carros, uma oficina de mecânica, estufas agrícolas e se não me engano muito em breve as famosas edificações de cimento justificadas com uma possível alteração do P.D.M.






Mas sobre este local poder-se-á perguntar quem foi a entidade responsável que canalizou de um lado da estrada para outro, através de um rêgo todo o esgoto que se acumulava junto ao canavial?






Quem vai ser responsabilizado pela contaminação do lençóis freáticos existentes na zona? Assim como as duas linhas de águas cartografadas pelos serviços camarários?

Para concluir estas linhas resta-me dizer que tudo acima descrito encontra-se neste momento a ser encoberto por uma obra deveras interessante – a instalação de saneamento básico – onde não existem quaisquer habitações, para além das referidas.




Algumas imagens onde se pode verificar movimentações de terras, sem justificação aparente.




Este é o nosso ambiente, e por isso somos todos responsáveis!
























sexta-feira, 27 de março de 2009

flower power


O meu sogro, coitado, na sua boa vontade, ofereceu-me umas calças e um casaco do tempo dele, início dos anos 70.O pior é que a minha mulher obrigou-me a usar a roupa, hoje.Que figura que faço!

quinta-feira, 26 de março de 2009

que justiça?




Em 2007 21 mulheres morreram em Portugal, vítimas de violência doméstica. Leia AQUI.


As minhas filhas ainda não atingiram a idade adulta, mas eu, Tony Vieira, estou preparado para tudo.


Um homem que vê nascer uma miúda, acompanha o seu crescimento, vive intensamente as suas alegrias e as suas tristezas, dá-lhe todo o carinho do mundo, ri e chora com os sucessos e os insucessos dela, orgulha-se de tudo o que ela faz e, um dia, porque um meliante a seduziu e enganou com a palavra “amor”, a sua vida transforma-se num inferno, num terror absoluto.


Até posso ir preso e vou. Quero que se foda. Mas esse filho da puta nunca mais será o mesmo. Em vez de ser a minha filha a ter medo de viver, há-de ser ele a sofrer para o resto da puta da vida dele. Direito ou aleijado. Isto se não lhe limpar o sebo.


Já disse. Não tenho medo de ser preso, mas se o for não há-de ser apenas por uma paulada nas costas, há-de ser porque o filho da puta já não está cá para contar à família dele como foi.
No fim fazia como a Fátima Felgueiras, candidatava-me como independente à Câmara Municipal, ganhava e pedia imunidade. Era a minha vez de rir. Sozinho mais uma vez.


O quê? Não ganhava a Macedo Vieira? Qualquer um, nesta altura, ganha a Macedo Vieira. Basta saber falar e estar calado.


Bandido que um dia, que eu espero nunca exista, agrida uma filha minha, esse filho da puta tem os dias contados.


Não existe maior cobardia do que a agressão a uma mulher, seja ela física ou psicológica.


Isto vem a propósito das injustiças que se cometem neste país e que, como cidadão, me deixam revoltado.


Um sindicalista, quando se manifestava contra o fecho da sua fábrica, a Pereira da Costa, e respectivos salários em atraso, foi identificado pelo facto de a manifestação ter sido considerada ilegal.


Sem o saber acabou julgado e condenado em 75 dias de prisão remíveis por multa.


Leu bem: 75 dias de prisão. Leia AQUI.


No âmbito do Correntes d’Escritas, na mesa de debate “Conta-me Um Conto”, onde meia dúzia de trengos, entre os quais se encontrava Mia Couto, esse africano de meia tigela, que contou uma “estória” que ouviu de outro e disse que era dele, imaginem que eu, Tony Vieira, contava a seguinte “estória”:


Um casal de namorados encontrava-se, por volta das três da manhã, dentro de um automóvel na marginal de Apúlia, a conversar e a trocar algumas carícias.


De repente, na escuridão da noite surgem quatro vultos que não puderam reconhecer, porque estavam encapuzados.


Ainda antes de poderem ter tempo de se interrogarem sobre as razões dos 4 homens, já o pára-brisas era destruído com uma forte pancada de um taco de basebol, bem como os vidros laterais.


Num ambiente de absoluto terror, os dois são obrigados a sair do automóvel e são agredidos, roubados, e a moça sequestrada durante várias horas.


O automóvel é incendiado.


Identificados, os bandidos são levados a julgamento.


Sentença:


5 anos de prisão suspensos por outros 5 anos.


Ou seja, se durante esses cinco anos os meliantes não praticarem nenhum crime essa pena de 5 anos é extinta, como se nunca tivesse existido.


Nem é necessário que não seja praticado nenhum crime. Basta que não haja conhecimento, por parte das autoridades policiais, da prática de qualquer crime, o que é bem diferente.


Coincidência ou não, um jovem foi baleado em Azurara, de madrugada, depois de ter sido surpreendido por um bandido quando se encontrava com a namorada dentro do carro.


Pode ler a notícia na imagem que inicia este post.


Três dos quatro bandidos condenados a cinco anos com pena suspensa são da cidade da Póvoa de Varzim e o quarto de Vila do Conde.


Segundo rezam as crónicas, no julgamento ter-se-ão mostrado arrependidos, pediram desculpa às vítimas e comprometeram-se a indemnizá-las.


Com base neste comportamento, típico de bandidos sem escrúpulos, o Tribunal decidiu pela suspensão da pena.


Significa que eles andam aí na rua a rir, satisfeitos, a gozar com a sociedade, com as próprias vítimas, com quem são capazes de se divertir rondando a sua própria casa.


Porque estes filhos da puta choram em Tribunal, mas quando saem são uns heróis e tratam de comemorar a sentença que tiveram, esquecendo todas as recomendações de quem os julgou.


Nesse aspecto, todo o criminoso é igual.


Aires Pereira e Tone Dourado também não tinham uma festa preparada para a respectiva absolvição no “Caso Dourado”? Com champanhe. No bar do Pavilhão Municipal, cuja principal responsável é nem mais nem menos do que a mulher do Aires, essa incompetente.


Só vejo uma consequência nisto tudo:


A desmotivação das polícias, que se desfazem a capturar esta “bandidagem” para depois os verem sair a rir e a gozar com os próprios agentes.


E isso é o pior que pode acontecer.


























quarta-feira, 25 de março de 2009

700 anos






Há 700 anos nascia a ‘Pobra de Varazim’ Uma cidade que se tornou um objecto de sistemática destruição por um punhado de autarcas sem vergonha. Se neste país houvesse uma Justiça decente, todos eles, sem qualquer excepção, responderiam, ainda hoje, por todo o mal que fizeram ao património público da cidade. A história de um povo faz-se com o respeito pela sua memória e essa memória é preservada com a conservação do património imobiliário. O leitor pode, com as fotos seguintes, ter uma pequena ideia do grau de destruição que três ou quatro filhos da puta, com a conivência de um punhado de falsos poveiros vendidos, projectaram durante dezenas de anos, transformando uma linda cidade num recanto nojento.

terça-feira, 24 de março de 2009

correntes d'escritas relatório e contas


Poveiros de todo o mundo cultural e científico!
É a vós que agora me dirijo, em directo da Câmara da Póvoa, onde me encontro para juntamente com Tino, o vereador com o pelouro da Cultura, vos fazer um relatório e contas do nhonho Correntes d’Escritas, um encontro de escritores no desemprego.
Tino estás triste, meu?
Estou Buenos. Sinto-me triste, revoltado e ofendido.
Toma uma gasosa que isso passa-te. Se Deus quiser. Deus me livre que ele está sempre triste.
Conta aqui aos poveiros como foi esse nhonho Correntes d’Escritas? Atira-te a eles sem medo, meu menino. Diz o que te vai na alma.
Num foi o nhonho, foi o nono.
E num é a mesma coisa?
Por favor Buenos. Até me confundes todo.
Prontos. Conta lá.


Este nono Correntes d’Escritas, é preciso que os poveiros saibam, foi um sucesso absoluto. Como eu disse ao Pedro:
Quem é esse Pedro?
É um amigo meu que escreve no Póvoa à Semana.
Eia! Já tens amigos no Póvoa à Semana?
Como disse, o Correntes foi uma aposta ganha do Município.
Oh Tino num leves a mal eu perguntar isto. Já não tinha sido uma aposta ganha há nove anos?
Fico triste por me perguntares isso Buenos.
Outra vez Albertino!
Foi e é uma aposta ganha da autarquia.
E digo-te mais: foi incrível ver as pessoas, as pessoas repito, na rua atrás dos escritores, a puxar-lhes a roupa, a acariciar os escritores, a acompanhar os seus passos. Houve até pessoas que perseguiram os escritores, equipadas como se estivessem numa prova de competição. Incrível!
Na rua Tino?
Na rua Buenos.
Isso então parecia a Etiópia com as pessoas a pedirem pão para comer.
É isso mesmo Buenos. Agora disseste tudo. Notei que os poveiros estavam sedentos de cultura, sedentos de livros, sedentos de água, por isso a Póvoa transformou-se num mar de livros. Aliás, Buenos, o mar foi o grande protagonista deste nono Correntes.
O mar porquê? Queres queimar o Sargenor?
O mar é poesia, é letras, é sopa de letras, é caldos maggie e knorr. Oh! Agora senti uma veia poética.
Calma, calma! Cuidado que ainda te dá um viradinho!
Oh Tino! Explica aí como foi que correu a coisa?
Tudo começou com a conferência do Prof. Marcelo sob o título "Política e Livros". Mal chegou foi rodeado de público feminino, mal sabendo ele que tinha mijado nas calças.

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Num me digas!


É verdade. Depois foi o sucesso daquele escritor muito famoso, o Salvador Dali da Madeira, sempre perseguido por um seu admirador.

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Espectacular Tino!


E não só Buenos e não só. Repara que o Salvador mesmo mudando de indumentária foi, de imediato, identificado pelo seu admirador. Oh! É incrível.

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Está poreiro, sem dúvida.


Mais Buenos, mais. Tivemos escritores a escrever livros em directo, através da internet para todo o mundo, mostrando ao mundo que a literatura não tem fronteiras. Repara:

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Impressiona de facto Tino.


Num viste tudo. Os escritores a serem perseguidos na rua pelos seus admiradores, num intercâmbio estilo familiar, onde todos puderam interagir com todos, como uma espécie de família. Repara Buenos, repara. Oh!:

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E os escritores gastaram muita massa?
Oh, oh! Tivemos os restaurantes sempre cheios. Até, digo outra vez, até os autocarros da Linhares tiveram sucesso. O Paco, o escritor colombiano, estás a ver quem é?
A ver num estou. Paco é? Paco Fortes?
Não, não. Paco só.
Paco Só não conheço.
O Paco diz que devíamos fazer turismo religioso com os autocarros da Linhares, todos a cair de podres. Diz que faz lembrar os bairros de lata de Medellin. Já viste isto? Fabuloso. É uma aposta ganha.
E como é Tino? Achas que o Correntes tem espaço para crescer?
Esse foi o grande desafio do nono. Toda a gente dizia que num havia espaço para crescer, mas a Manuela Azevedo arranjou espaço.
Qual Manuela Azevedo? A que ladra nos clão?
Essa é a Ribeiro.
Até me confundes todo!
O que temos para fechar este Especial Correntes, Tino?
Temos crítica literária a cargo do contabilista.
Quem? O do PS?
Sim. O moço anda triste, pediu-me muito, o Bago até veio falar comigo a dizer que o homem estava no desemprego, só ganhava dinheiro a escrever artigos no Póvoa à Semana sobre o PS, e achei bem dar-lhe esta oportunidade.
Manda-o entrar que isto pra mim vai dar porrada.
Entra contabilista meu. Antão por onde tens andado?
Ando ali pela Junqueira.
Ai é? Antão andas bem. Num te metes em confusões, num andas no trânsito, nem és assaltado.
É. A Junqueira é poreira.
E antão diz o Tino que tens uma crítica literária?
É. Escrevi aqui uma coisa sobre o “Desmedida”.
Desmedida? Isso num é para mim ou é?
Não. É sobre o livro do Ruy de Carvalho.
Ah! Ruy? Acho que sei quem é. Num é aquele gajo que dava pancada na mulher?
Não.
Força antão.



CRÍTICA LITERÁRIA, POR CONTABILISTA



O meu amigo Bago leu-me este livro do Ruy de Carvalho que eu gostei muito da história. Gostei tanto que até me deu o soninho. Todos devem ler este livro. É obrigatório para todas as idades e digo mais:

cultura



Deus me livre! O Marco Paulo num diria melhor. Num é melhor escreveres sobre o teu PS? Sempre dava mais jeito.
Oh Tino pá! Como é que me trouxeste este gajo com crítica literária. Estragaste-me o Folha.
Oh pá, foi o Bago que recomendou.
Deixa-me ligar-lhe:
TRIIM TRIIM!
Está Bago?
Vago não, ocupado.
Ocupado?
Sim ocupado.
Antão num é o Bago?
É o Bago mas está ocupado.
Aqui é o Buenos home.
Desculpe patrão. Pensei que era o livreiro da Casa da Juventude.
Pá, que é isto da crítica literária do contabilista, meu?
Pá, ele veio prá aqui chorar que o Vergélio já num queria conversa porque dava muito nas vistas e eu disse-lhe: faz uma crítica literária, porque ele anda sempre a citar Richelieu e tal.
Estragaste-me o Folha meu.
É só uma vez Buenos. Tem pena do home pá!
Prontos, prontos. Num se fala mais nisso.
Tens algo mais a dizer sobre o Correntes Tino?
Está tudo.
Prontos poveiros aproveitem este banho de cultura que foi este Folha Municipal, especial Relatório e Contas.



Por Buenos,



Com a assessoria de Tino
















segunda-feira, 23 de março de 2009

poveiros como nós


Todos os poveiros estão conscientes de que nós, autarcas, somos poveiros de gema.


Nascemos, crescemos e vivemos toda a vida nesta querida cidade.


O povo poveiro sabe respeitar esses valores fundamentais para quem quer estar na política autárquica.


Por isso, poveiros amigos: este sou eu. O mais bonito.


Qual deles Buenos?


Ora Florbela, o mais bonito só pode ser o de bigode. Pergunta ao nosso Presidente Sargenor o sucesso do bigode dele. Deus me livre. O homem tem meia Póvoa atrás dele.


Obrigado Buenos, obrigado. Tenho-te como um irmão.


Fosda-se Sargenor! Irmão não.


Poveiros ilustres, estamos, a partir deste momento, em contacto com todos os poveiros do mundo, de Rio a São Paulo, de São Paulo a Toronto, de Toronto a África… …De África a Timor.


A Timor Sargenor?


Antão de África a Timor é um passo.


Até me confundes todo, pá!




PÓVOA TEM EQUIPA DE CICLISMO




Quero antes de mais informar todos os poveiros amigos que eu sou uma das principais estrelas da nossa equipa de ciclismo, formada com muito esforço e dedicação pelo meu amigo Manuel Zé Ferinha, tanto esforço que até recebeu dos Rotários o prémio de personalidade do ano.


Eu estou na Cambra há 15 anos e nunca fui personalidade do ano.


Caurma, caurma Sargenor. O homem fez um esforço tremendo, cum carago. Ainda está a suar.Fala aí Zé Ferinha. Esforçaste-te muito?


Estou estourado Buenos.


Pois estás. Vê-se.


E perguntam os poveiros: Porquê que ele é uma das principais estrelas da equipa?


Porque estou em 40º no ranking nacional de ciclismo. Num acreditaindes?


Pegainde lá: Estou à frente do Lima Manual e do Nelo do Torreão.

ranking




CORRENTES DEU LUCRO!




Está aqui o meu amigo Tino, grande obreiro das correntes, que quer falar sobre o lucro que deu a estadia de 60 escritores na nossa Póvoa, durante quatro dias. Estava uma plateia de categoria Tino, seu grande manganão.
Eh, eh, eh!

poveiras



Conta Tino. Gastaram muito dinheiro?


O comércio tradicional e o outro estavam cheios. Só o Malangatana gastou 1 500 Euros em sapatos. Disse-me o Tony.


Qual Tony?


O da sapataria.


Grande mentiroso esse aí.


Faz aí depois um relatório e contas da situação. Ok? E diz quem é esse Malangatana. Fosda-se. Que nome!


Ok Buenos.


E como é? Ainda estás ofendido?


Ando um bocado triste.


Deus me livre. Agora está sempre triste.




SILVA GARCIA NÃO FOI ABSOLVIDO




Esse senhor que nos ofendeu gravemente, a mim e ao meu PSD, bem como aqui ao Sargenor, não foi absolvido, como muitos quiseram dar a entender.


Oh Buenos, se não foi absolvido, foi o quê?


Lá começas tu Mariazinha.


Antão nós num recorremos?


Sim e depois.


Depois é que ele ainda num foi absolvido. Prontos.


Como eu também num foi condenado porque recorri. Ou queres dois pesos e três medidas?Prontos, prontos Buenos. Num te enerves.




MARCA PÓVOA DE VARZIM




É verdade poveiros. A nossa Câmara continua com uma criatividade excepcional, fruto do trabalho laborioso do nosso Azeite, o vereador com o pelouro do desenvolvimento sócio-económico e que tem agora a seu cargo a árdua tarefa da legionela e da salmonela. É assim Azeite?


É Buenos.


Antão explica lá o que é isso da marca Câmara?


Paperlapee, num é marca Câmara.


O quê? Até me confundes todo. Antão é o quê?


Paperlapepe, é marca Póvoa de Varzim.


E isso está relacionado com quê?


Com os sabores poveiros.


O quê? Francesinhas e tal?


Sim.


Deus me livre lá as francesinhas. Volta amanhã que já deve haver novidades.




CÂMARA DÁ DINHEIRO




Com a apresentação valiosíssima de Armindoutor, já tido por todos como o António Sala da Póvoa, a nossa Câmara, que está sempre ao lado do povo, das populações e das associações, atribuiu vários subsídios, do qual se destaca o Varzim.


Sargenor meu. Escondeste-te atrás do homem? Estavas com medo do Lopenhos?


Pá o gaijo disse que me fazia a folha se ladrasse muito.


Deus me livre. Este Lopenhos é muito perigoso. Quando põe a boca no trombone… …Aqui estavas zangado?


Nestas horas um home tem de mostrar quem manda.


Muito bem, muito bem.




DESPEDIDA




Eu sei que muitos poveiros estão a pensar que houve poucos eventos na cidade, mas este Folha Municipal pretende apenas ser um resumo… …Uma súmula.


Uma quê Tino?


Uma súmula. São expressões que nós, escritores, usamos muito no Correntes.


Prontos. Poveiros para terminar temos aqui um poema da autoria do Tino que se enquadra nesta época do Cycling.


Agora ofendeste-me. Estou triste.


Anda lá. Como se chama o poema?


A literatura rasga a realidade.


Deus me livre. Que título!




Poesia, por Tino.




“A Literatura Rasga a Realidade”




A literatura rasga a realidade,


O Sargenor rasga a cidade,


Nas letras encontramos poesia,


Na cidade merda à razia.”




Agora estragaste tudo Tino.


Oh pá, estás sempre a dizer mal de mim. Sinto-me ofendido. Estou triste.


Prontos, prontos.


Poveiros estamos de partida, porque eu ainda tenho que dar uma vista de olhos nos meus apartamentos e isso demora algum tempo.


Até ao mês que vem.




Por Buenos,




Assessorado por Florbela Espanca os Poveiros.






























sexta-feira, 20 de março de 2009

os antepassados do ET




A minha mulher diz que eu tenho a pila pequena. Sem maldade. Tendo em conta os meus 1,85 m, o humor dela ultrapassa em proporção o embaraço que esses comentários me provocam.
De facto, os momentos com ela vividos são de excelente disposição. Sou um privilegiado em ter uma esposa bem-humorada.
Hoje em dia quando se aposta no casamento é como apostar na lotaria: ou se tem, ou não se tem sorte.
Foi uma aposta ganha, como amiudadamente repetem os políticos locais.
O Correntes d'Escritas é uma aposta ganha, o Meeting de Natação é uma aposta ganha, até a merda do cycling que ainda nem começou, nem participou em qualquer prova, já é uma aposta ganha.
ofendido
Mas se os políticos locais sofrem de graves limitações de vocabulário, o que mais me espanta são os jornalistas assimilarem o discurso e passarem, eles próprios, a utilizar a referida terminologia. Reparem nesta jornalista de um pasquim local:
correntes
ofendido


As gargalhadas partilhadas com a minha mulher só são ultrapassadas com as que resultam da leitura dos jornais locais.
Rir sozinho. É o meu passatempo preferido.
Nunca achei muita piada aos que riem por terapia. O leitor sabe. Aqueles que se juntam só para rir, sem qualquer motivo. E com a televisão presente ainda riem mais. Desesperadamente, desalmadamente, sem vontade alguma. Só falta ligarem os telemóveis para avisarem a família que estão a rir em directo.
Cambada de palermas. Eu acho que uma pessoa se junta a outras para rir porque não faz sexo ou tem falta dele, do sexo. Quem faz regularmente sexo já ri quanto baste, ou melhor, nem força tem para rir.
É só frustrados.
A rir sozinho saí eu de casa a caminho do Diana-Bar para ler os jornais locais.
O que eu mais gosto de fazer durante a semana é rir-me a ler os jornais.
Com excepção para o “O Comércio da Póvoa” que está a construir um jornal muito sério e de excelente qualidade, os outros são para rir.
Até me atreveria a escrever que “O Comércio da Póvoa” deve ser, nesta altura, o melhor jornal do país a nível local. Não sei quais são os outros, mas também não é importante.
Quem me visse diria que eu estava doido. Rir na rua. Sozinho.
Na memória ainda levava as palavras de Tino, aquele que se diz vereador com o pelouro da cultura:
ofendido
“Nunca fui tão ofendido nos meus já longos 15 anos de autarca”.
Que puta de lata!
O gajo que matou a cultura na cidade diz-se ofendido. Ele deveria era ser banido da cidade, proibido de cá entrar. Recambiado para Ponte de Lima onde tem a Quinta, mais o outro chupista.
Numa cidade que não tem cinema, não tem teatro, não tem música, não tem exposições, é caso para perguntar: que cultura é esta?
É a cultura do cimento, respondo eu do alto da legitimidade que me assiste como cidadão com um grau de exigência acima da média.
Agora vêm com Serralves, que o cabeçudo tratou logo de apelidar como “o Cristiano Ronaldo da Cultura”.
Esta é que é uma frase para perdurar por gerações vindouras, quando daqui a 300, 400 anos se fizer a história do Município. Frase do século, fica desde já definida.
Este homem é um incompreendido. Os poveiros estão mal habituados.
Então o homem traz para cá Serralves e ainda dizem mal dele.
Eu já estava a adivinhar: os CDU’s andavam descontentes. Os primeiros sinais vieram do Karl Marx que aproveitou a “onda Garcia” para tratar de apelidar Macedo Vieira e Aires Pereira de “idiotas”. E ninguém o meteu em Tribunal.
Eles têm pavor dos CDU’s. Os CDU’s são tidos, todo eles, como intelectuais. Basta ser da CDU para ser considerado um intelectual, ainda que de esquerda. Aquela bolsinha a tiracolo é sinal de intelectualidade. Macedo Vieira sempre quis ser um intelectual de esquerda, mas não tinha arcaboiço. Sabendo da sua natural limitação intelectual entra em pânico quando os CDU’s arrotam.
Quando anunciou Serralves, os CDU’s masturbaram-se todos na sede.
Eh pá, grande presidente o nosso. Serralves meu, dizia o Vitorino. Eh pá, até estou com tesão, dizia o Aurora.
Foram logo ver um filme pornô.
Cambada de medíocres!
Já com a abertura da Av. 25 de Abril foi a mesma coisa. Até cravos puseram na lapela. Grandes burros! Calam-se por pequenas merdas. Vendem-se por pouco estes CDU’s.
Na rua Tenente Valadim olho para a montra da GAS.
Uma boutique que faz malabarismo com a legislação não merece um mínimo de credibilidade por parte dos eventuais clientes.
Desde há cerca de 4 meses que o estabelecimento ostenta o letreiro: “MONTRA EM REMODELAÇÃO”.
Esta é a táctica que os “chico-espertos” utilizam para enganar a ASAE e, dessa forma, não colocarem os preços dos produtos.
Depois queixam-se que são multados. Chamem a ASAE imediatamente!
Que puto de calor que estava nesse dia. O tempo anda trocado. Um gajo nem sabe que roupa vestir.
Até que chego à rotunda da Fortaleza da Nossa Senhora da Conceição, vulgo Castelo.
Tenho que admirar esse homem que é Presidente da Câmara. Passam a vida a caluniar o homem, a ofendê-lo, a criticá-lo, mas sem qualquer fundamento. É tudo inveja.
O homem está a fazer uma obra boa, pá! Está lá há 15 anos, mas que interessa? O que interessa é a obra e essa está aí, para qualquer filho da puta ver.
Esta rotunda é de rir. Foda-se! Rio-me mais com esta rotunda do que com a "Xana, a Enfermeira Sacana".
Cansado, sentei-me no banco que lá está em pedra a ouvir os EBTG no leitor de mp3. Saquei do saco com os gressinos e pousei na mesa. Sempre gostei de gressinos. Antigamente até chamava grissinos. Se um gajo comprar gressinos num café paga uma fortuna por cada pau. Será que vendem gressinos nos cafés? Nem sei. Também quem teria coragem de pedir dois paus de gressinos para o lanche? Levo de casa e encho o bandulho.
Senti-me na idade da Pedra. Foda-se! Estes gajos conseguem que um homem viaje no tempo.
Uma mesa e um banco em pedra. Não percebi a ideia. Mas olha serviu para comer os gressinos.
Enquanto mastigava lembrei-me do Varzim. O Lopenhos arranja cada treinador!
Se o outro era “na Póvoa mandamos nós”, este é “a coragem”, “o esforço”, “a determinação”.
Quem ouve o moço até fica a pensar que o Lopenhos meteu dinheiro do bolso dele. É de rir.
Eu pensei logo: deixa vir o jogo com o Vizela que tu vais dançar. Até guardei as declarações dele. Leia:
Metade do negócio do estádio a Dico Dulimar já alienou a uma outra empresa, a Hagen.
Ainda o negócio não está concretizado e eles já andam a fazer dinheiro com o clube.
Ainda me lembro do debate na rádio, quando o Viana estava a dizer que tinha sido ele o autor do contrato. É de chorar a rir. Sozinho.
Ele fez o contrato no computador, mas quem lhe deu as cláusulas foi a Dico Dulimar. Então não foi? Claro que foi.
São muito burros. Ainda não compreenderam que o Varzim tem de bater no fundo, para tentar sobreviver.
Até fiquei entalado com os putos dos gressinos.
Continuei o meu caminho pelo Casino e passei para o outro lado, o denominado espaço radical que se encontra abandonado.
O homem oferece as coisas a estes meliantes e eles não aproveitam. Depois vêm-se queixar, como foi o caso do Zé Mijão que queria uma casa de banho por cada esquina.
Fez-se luz.
O homem é um incompreendido. Daqui a mil anos vai ser objecto de veneração pelo excelente trabalho à frente da Câmara.
Lá estava ele. O antepassado do E.T.. Em pedra.
Melhor: duas pedras, uma em cima da outra.
É a origem das espécies, pensei eu.
Lembrei-me da escultora. Teria sido ela a autora desta magnífica obra?
Ainda pensei pagar-lhe uma visita no seu atelier, mas aquilo deve ser uma pedreira e ainda me atira uma puta duma pedrada às costas.
Não Tony. Deixa-te estar quieto. Se ela assim fez é porque está correcto. Quem sou eu para duvidar da qualidade artística daquela grande merda que está ali.
É preciso compreender o homem:
É a dicotomia passado/futuro.


O presente já foi.




















quinta-feira, 19 de março de 2009

reunião na santa casa


Como todas as semanas, a Irmandade da Santa Casa reuniu para apreciar assuntos correntes da vida da instituição.

Na presidência Salazar Pereira, secundado pelos seus vices Armando Marcelo Caetano Marques e pelo operacional Alberto Américo Tomás Eiras.Salazar Pereira tossiu para dar início aos trabalhos. Fez-se silêncio.

Uma agenda sobrecarregada, indiciada pelo monte de papéis à frente do ditador.

Irmãos, disse ele solenemente.

Todos olharam à volta à procura dos tais irmãos.

Sois vós irmãos. Sois vós com quem eu estou a falar.

Amen, disseram todos solenemente e em uníssono.

Irmão Marcelo Caetano qual é o primeiro assunto do dia?

Irmão Salazar: temos aqui um pedido desesperado de Maria Emília, a Presidente da Liga dos Amigos do Hospital.

Ai sim irmão? Tenho muita estima por essa senhora. Uma pessoa válida, que deu tudo pela causa pública.Lê irmão, por favor, o que ela pretende.

Passo a ler irmão Salazar:“Meus queridos irmãos da Santa Casa! Como mulher e senhora tenho a ambição de ser a primeira irmã da Santa Casa e, para isso, estou a disposta a dar o meu corpo a Deus para o servir, se Deus quiser.

Bem hajam irmãos!

Ass: Maria Emília.”

Irmão Américo Tomás o que tens a dizer sobre este pedido?

Irmão Salazar o que eu acho é que já está um bocado gasta. Para irmã preferia uma coisa mais novinha.

A arte deu-te o engenho, irmão Américo Tomás.

Muito bem irmãos. Vamos carimbar como “RECUSADO”.

Assunto seguinte irmão Marcelo Caetano.

Tenho aqui um pedido para entrada no lar de um tal Dr. Tone, economista e reputado financeiro da cidade, segundo palavras do próprio.

Dr. Tone? Nunca tal ouvi falar. Não será engano irmão Marcelo Caetano?

Não irmão Salazar. É mesmo Dr. Tone.

Qual é o valor da reforma do Exº Candidato irmão Marcelo?

300 Euros irmão Salazar.

Hum! É pouco. Aí há gato irmão Marcelo.

No espaço para doações à Santa Casa o que escreveu ele irmão Marcelo?

Sem Nadinha! Diz aqui em letra grande. E depois ainda escreve: Probezinho.

Oh irmãos! Esse é o grande malandro do Tone Padeiro.

Manda para a lista da Segurança Social.

Todos se riram.

Ai que cansado irmãos! O que temos mais irmão Marcelo?

Temos aqui um pedido da Câmara para devolver o terreno que foi doado.

Ai sim irmão?

Sim.

E quem assina irmão?

Um tal Dr. Sargenor Vieira.

D. Irene Montanha, ligue-me, por favor, para a Câmara.

Muito bem irmão.

Olhe que eu não sou seu irmão, irmã.

Triim! Triim!

Quem é?

É para falar com o Dr. Sargenor Vieira.

Soi eu memo.

Aqui é o irmão Salazar Pereira.

Oh pá, num tenho nenhum irmão com esse nome, home.

É o velho amigo Salazar pá.

Antão que queres Salazar?

Tu é que queres.

Eu?

Sim tu. Dizes aqui que queres o terreno de volta.

Sabes o que é Salazar, tenho lá umas galinhas e aproveitava para pôr lá uma capoeira e criava ovos.

Ai irmão Sargenor. Que maçada! És tão impertinente. Queres o meu voto não queres?

Queria.

Então deixa-te estar caladinho.

Pronto irmãos. Penso que já estão todos os assuntos tratados.

Irmão Salazar. Ainda tinha aqui mais três assuntos.

Pronto, pronto irmão Marcelo Caetano. Vamos deixar para outro dia.

Façam entrar a moça que eu estou a precisar de Viagra.


daniela cicarelli



Há um que não gosta. Ou gosta pouco.









quarta-feira, 18 de março de 2009

o povo é o motor


Caros poveiros e poveiras amigos e amigas da nossa Câmara!

Cá estamos, em grande sofrimento, para levar a todos vós este Folha Municipal que com esta edição entra no seu 15º ano de vida. Uma vida longa, uma vida de amargura, uma vida de saudade. Sim, saudade. Saudade pelos que partiram, saudade pelos que chegaram e saudade pelos que ainda cá estão, nosso principal objectivo.

Com o 16ª ano deste Folha Municipal esperamos editar um livro comemorativo, com muitas folhas e figurinhas tão ao gosto do Tino.

Desculpa, põe vereador com o pelouro da Cultura.

Deus me livre. Entraste a matar desta vez. Tem caurma que ainda sobra para ti.

Nesta edição vamos contar com a colaboração daquele que já é considerado o arauto da paz no município, muito pelo trabalho que tem prestado a mim e ao PSD de mim e ao nosso Presidente Sargenor.

Minhas senhoras e meus senhores uma salva de palmas para Jorge Mete Cunha no Leite.

Entra Mete Cunha!

Tens que abrir a porta Buenos.

A porta está aberta. Ai num cabes.Florbela tira o ferrolho da outra e escancara a porta para ele entrar. Ora aqui está ele. Assenta-te que assim num te cansas.

Jorge Mete Cunha no Leite explica aqui aos poveiros como é que tem corrido a paz aqui na Póvoa de Varzim.

No julgamento do Garcia tu num tens hipótese de ganhar e o Sargenor num chorou pelo que acho que também vai perder.

Antão essa batalha pela paz vamos perder?

Acho que sim.

E a outra batalha pela paz contra o Idílio?

Essa está no princípio. Ainda estamos a colocar as peças no tabuleiro.

E que táctica vais adoptar para essa batalha.

A do Nuno Álvares Pereira, a do quadrado.

Nem me expliques como é que até me confundes todo. Deus me livre.


VIVA A PAZ NA PÓVOA DE VARZIM!

VIVA.

Sargenor! Oh Sargenor! Lá está ele a dormir.

Quero fazer uma indoscopia naquela gaija. Foi picada de enfermeira. Ai pica-me, pica-me, pica-me todo.

Oh Florbela. Acorda aí o Sargenor, senão ainda deita tudo a perder com o que está praí a dizer.


PÓVOA DE VARZIM CELEBROU A PAZ!


Com a presença na Comissão de Honra do Presidente da República Cavaco Silva, do Primeiro Ministro José Sócrates, do Presidente da Assembleia da República que agora não me lembro o nome e de Aurora Cunha, decorreu com assinalável êxito o Encontro Pela Paz, mais uma vez organizado pelo Ferraz.

Ferraz sobrou algum dinheirinho?

Infelizmente não sobrou nada, mas o Tino é que pode falar.

Tino não, vereador com o pelouro da Cultura.

Lá está ele outra vez. Deus me livre.


CÂMARA APOIA A 3ª IDADE!


A Câmara da Póvoa de Varzim tem feito um esforço sobre-humano na defesa dos interesses dos mais velhos, criando lares e espaços de lazer e convívio para aqueles que sofrem as agruras da idade.Para isso demos a título de doação um terreno à Misericórdia para aí ser instalado um lar para os mais idosos, naquele que passa a ser o 28º Lar do Concelho, colocando a Póvoa de Varzim no topo dos lares da Europa.

É assim Salazar Pereira?

Se Salazar quiser.

Como?

Se Deus quiser.


CÂMARA PROMOVE JOGO DA PELA!


Em mais uma iniciativa do Pelouro da Cultura, a Câmara vai promover nesta quadra Pascal o jogo da Pela.

Oh Buenos num achas que é muito cedo para a Pela, a Páscoa é só em Abril e antes ainda temos o Carnaval?

Até me confundes todo. Antão o que está o vereador do Pelouro da Cultura a atirar nesta fotografia?

São flores senhor, são flores.

Oh que Mariazinha do caraigo!

Esse jogo da Pela é turismo.

E quem tem o pelouro do turismo Azeite?

Eu tenho o do desenvolvimento sócio-económico.

É muita vaidade a mais pá! Fosda-se!


TORNEIO INTERNACIONAL DR. SARGENOR!


Irmão de Sargenor entrega prémio

Organizado pelo vereador com o pelouro do Desporto que sou eu, decorreu de forma estrondosa o 15º Torneio Dr. Sargenor.Sargenor! Oh Sargenor! Queres dizer algumas palavras sobre o Torneio?

Quero o novo Hospital com muita picada de enfermeira. Ai pica, mas pica devagar!

Lá está ele a sonhar. Num dorme de noite depois é isto.

Este gaijo até me confunde todo. Vê lá que nem sei quem ganhou o Torneio. Foi o Rui Dias num foi?

O Rui Dias é o novo treinador do Varzim, oh Buenos.

Até me confundindes todo! Deus me livre!


CHICOTADA PSICOLÓGICA NO VARZIM!

Diamantino Miranda

Devido aos maus resultados e à pressão dos sócios, encabeçados pelo Sargenor que até trouxe adeptos de Braga, Diamantino Miranda foi despedido, mas não prescindiu dos seus direitos que são o direito a férias e subsídio de Natal.

De férias no Algarve Diamantino Miranda arranjou emprego no Olhanense.

Este gaijo é que tem uma sortinha porreira!

Vai de férias e arranja emprego.

Rui Dias, por imposição nossa, que estivemos a estudar o seu currículo, é o novo comandante do leme varzinista.

Rui Dias em declarações ao Folha Municipal

Foi poreira esta frase Buenos. Tiraste da Bola não?

Uma bolada levas tu nessa bentas Florbela.


CORRENTES D’ESCRITAS JÁ MEXE!


Com organização do vereador com o pelouro da Cultura. É assim Tino?

Éié!

Como estava a dizer com organização do vereador… …

Eh pá, também quero um Correntes para os Sabores Poveiros, porque eu sou o vereador com o pelouro do desenvolvimento sócio-económico.

Prontos, prontos, num chores Azeite. Depois dou-te a teta da vaca pra tu mamares.

Quantos escritores vamos ter na Póvoa Tino?

Cerca de 60.

60 gajos a comer e a beber? Oh pá vais levar isto à falência.

Oh Buenos, mas eles vão gastar no comércio tradicional, vão encher os restaurantes, vão encher os hotéis, vão encher as avenidas e as ruas de livros e cultura e poesia e teatro e… e….

Ei, ei ei, home. Até me confundes todo.Queres tu dizer que este ano eles trazem dinheiro no bolso?

Acho que não. Isso é pago pela autarquia.

Quem é a autarquia?

És tu.

Bom. Bom! Antão podeis gastar à vontade. Eu despois peço mais umas croas à MSS.

Haja muita poesia poveiros!

E francesinhas especiais.

Inda estás aqui Jorge Mete Cunha no Leite? Já te podes ir embora. Deves estar cheio de fome. Deus me livre.


MOMENTO DE TRISTEZA!


Caros poveiros amigos e todo o povo que com nós luta sofregamente no dia-a-dia para levar o melhor de si aos outros, temos uma novidade triste, ou uma triste novidade.

Não vamos inaugurar a Praça do Almada.

E isto acontece poveiros amigos, porque muitas vozes têm dito que a Praça está feia, que a obra não era necessária, que é tudo uma fantochada.

Isso deixou-me desmoralizado, a mim e ao Sargenor.

Sargenor! Oh Sargenor!

Nia. Como é que arranjaste a picada de enfermeira.

Era enfermeiro.

Ai, Antão num quero.

Lá este ele a sonhar. Florbela arreia-lhe duas bordoadas.

Ai ai! Prontos já estou picado.

Deus me livre o homem!


DESPEDIDA!


Tino, vereador com o Pelouro da Cultura, não tens nenhuma poesia de última hora para publicar, pois não?

Acho que tenho aqui uma no bolso de trás.

De trás? Isso deve ser poesia barroca. Deus me livre!

E tu Azeite, vereador com o pelouro do desenvolvimento sócio-económico, tens algum prato especial do Sabores Poveiros?

Tinha aí um arrozinho mas deixei a receita em casa.

Ai é?

Sou sempre eu a fazer as despedidas.

Espera Buenos.

Diz Sargenor. Deus me livre, mais vale tarde do que nunca. O que queres home?

Queria explicar o novo QREN.

O novo quê?

QREN.

O que é isso?

Tem a ver com o novo hospital e é um serviço que quero implementar destinado aos empresários poveiros abastados, tipo Agonia. Foi uma ideia que o Salazar Pereira me deu.É um serviço que vai dar que falar.

Conta lá Sargenor.

QREN é Quero Recrutar Enfermeiras Novinhas.

E para que é isso?

Vai ser o Hospital da Picada de Enfermeira. E eu vou ser o Director. Vai ser maravilha.

Poreiro, poreiro Sargenor. Fosda-se. Boa ideia. Como é que te foste lembrar dessa ideia?

Prontos poveiros, o Folha Municipal regressa no próximo mês de Fevereiro a tempo do Carnaval.


Por Buenos,

Com a assessoria sempre esperta de Florbela Espanca os Poveiros


E desta vez com o campeão da Paz Jorge Mete Cunha no Leite.











terça-feira, 17 de março de 2009

falso nepotismo


1- Filipa Oliveira Tavares Moreira


Filha do carpinteiro que mora no Bairro Social Dr. Alberto Sampaio, família com inúmeras dificuldades na vida, quer devido ao desemprego da esposa, quer aos inúmeros problemas de delinquência em que o filho mais velho do casal se tem envolvido.


Esta moça Filipa não tem nada a ver com a família Tavares Moreira, um dos quais é Presidente da Assembleia Municipal e casado com a Presidente da Cruz Vermelha da Póvoa de Varzim e principal mentora da solidariedade social no concelho.


2- Maria João Patrício Macedo Vieira


Filha de um casal em processo de divórcio, devido aos maus-tratos infligidos pelo marido que obrigou a esposa a refugiar-se, de forma incógnita, num lar de protecção para mulheres vítimas da violência doméstica.


A Maria João é a filha mais velha de uma série de três, em que os outros dois ainda são menores.


Desde cedo necessitou de acompanhamento psicológico, porque as constantes ameaças de morte por parte do pai, a obrigavam a abandonar os estudos de forma precoce, muito embora o seu aproveitamento em condições normais fosse muito acima da média.


Não. O apelido Macedo Vieira não é o mesmo da família do Presidente da Câmara, José Macedo Vieira, que também já foi administrador da Varzim Lazer, onde recebia 250 Euros pelas presenças em reuniões, bem como Presidente da Lipor e mais não sei quantas empresas.


Por todos estes motivos não se compreende as razões por que o PS se insurgiu contra o recrutamento destas duas jovens, referindo que os respectivos concursos teriam favorecido familiares de elementos representados na autarquia e militantes do PSD.


O PS da Póvoa de Varzim está em clara queda.












segunda-feira, 16 de março de 2009

macedo vieira é esquizofrénico


Na continuação da ideia de que apelidar alguém de “esquizofrénico” não é ofensivo da honra e dignidade da pessoa, segundo palavras de Macedo Vieira, que não teve qualquer pejo em qualificar dessa forma o comportamento dos vereadores do Partido Socialista, vamos hoje analisar a esquizofrenia do Presidente da autarquia.

Refira-se, desde já, que é um prazer chamar a estes dois esquizofrénicos, não só porque vai de encontro à realidade do seu comportamento político, mas também porque já sabemos que eles não podem apresentar queixas em Tribunal, seja em Portugal, seja na Califórnia, onde um super advogado de peso aguarda instruções.

Pois Macedo Vieira pregou aos quatro ventos que o novo Hospital da Póvoa arrancaria em 2010, depois de ter enviado o pau-mandado da CDU, o Aurora, para a Assembleia da República com requerimentos para pressionar o Governo. Em vão.

Pouco tempo antes já Salazar Pereira, num estilo que fez lembrar o falecido Zandinga, anunciava, de fonte segura, que o novo Hospital iria arrancar mais brevemente do que se imaginava, ele que se vê a braços com mais um escândalo envolvendo compra e venda de imóveis que a seu tempo daremos conta aos leitores.

Verifica-se agora, mesmo através das declarações do líder do PSD de Vila do Conde, Pedro Brás Marques, que o novo Hospital nem em 2014 estará pronto, ponto de vista que provavelmente se gorará, face às recentes declarações de Menezes, líder do PSD que veio dizer que Póvoa de Varzim/Vila do Conde não necessitavam de uma nova unidade de saúde.

É ou não esquizofrénico o comportamento de Macedo Vieira?

Para os leitores poderá ser.

Para nós, povoaonline, tratou-se de mais um comportamento idiota.






sexta-feira, 13 de março de 2009

psd de aires pereira comemorou 18 anos


Foi em ambiente de festa e animação que o PSD de Aires Pereira comemorou os seus bem sucedidos 18 anos de existência.

Com uma casa cheia de 200 pessoas, quando se esperavam 500, o que não aconteceu porque o autocarro da Linhares que iria fazer a recolha dos convivas pelas freguesias avariou porque não tinha a inspecção anual regularizada, o convívio decorreu num ambiente de boa disposição.

Na Presidência da Mesa estava Buenos, o mais alto representante do PSD de Aires Pereira, acompanhado pelo seu candidato Sargenor, bem como pelo Presidente da Concelhia, Tino, e do Presidente da Junta de Freguesia, Garrafão de Vinho.

O repasto iniciou-se com boroa e azeitonas pretas, o que obrigou os convivas a um esforço redobrado para colocar as côdeas nos dentes certos e evitar os caroços, que incansavelmente molestavam os caninos dos respectivos.

O Tinto da Talha sorvido sofregamente por alguns presentes ajudou a compensar a secura que um jogo de futebol, a meio da tarde, inexplicavelmente criou.

Tudo corria serenamente.

Sargenor vais discursar sobre quê?

Vou falar do PS.

Eu também já ia falar do PS.

Falamos os dois antão.

Num tens projectos pra falar tu?

Projectos é cuntigo. Tu é que és o obreiro do desenvolvimento urbanístico da Póvoa.

Mas fala tu também.

E que projectos vou falar?

Os mesmos de sempre: a obra emblemática da avenida, o parque da cidade, a praça do Almada, o “vem aí o Garrett”, o mercado municipal, o projecto do Varzim. Como vês num falta obra.

De repente ouviu-se na sala uma voz inflamada:

Meus amigos. Só vos quero dizer uma coisa: esses senhores do PS têm é inveja do nosso trabalho. E digo-vos mais meus amigos… …

Lá está ele a deitar por fora. Oh Kilores! Quem foi que serviu vinho ao Disque Faria?

Eu pus-lhe água do Fastio à frente, mas ele lavou as mãos e passou no cabelo.

Este gaijos num podem ver vinho! Fosda-se!

De repente, levanta-se o Rojão e grita:

Diz curso! Diz curso! Diz curso! Aferreá! Há! Aferreé! É!

E começa a discursar:

Meus amigos! Somos jovens e solteiros e para nós escola escreve-se com “i”.

Este também já anda na bumba tão novo?

Parece que o pai tem umas pipas lá em casa.

Estás bem informado Tino.

Já irritado Buenos levanta-se e começa a discursar.

Toda a gente se calou.

Meus amigos, camaradas e companheiros! Começou ele.

Quero lançar aqui um pedido ao meu amigo e camarada Tino.

Aqui Tino coloca a mão por trás da orelha, estilo Saramago, ele que pretende seguir a carreira de poeta.

Tino! Ai que me faltam as palavras de emoção!

Repito: Tino, pá, peço-te que te candidates por mais dois anos.

Aqui Tino entrou em choro convulsivo, até porque o restaurante levantou-se em peso para aplaudir.Tino levanta-se, vira-se de costas para a plateia e mostra a inscrição na camisola, apontando com os dois polegares, estilo Cristiano Ronaldo:

TINO, O ANTI-HERÓI

Tino exclamou emocionadamente:

SIM!

Isso quer dizer que aceitas Tino?

Quer dizer.

Quer dizer o quê?

Que aceito.

Dá cá um abraço Tino.

Nesta altura começou o cochicho na sala sobre o real sentido daquele abraço.

Buenos continuou com outro repto:

Sargenor! Quero que sejas o meu candidato, se te apetecer.

Sargenor arrumou a gravata laranja, levantou-se, apertou o cinto e o fecho das calças e disse:

É muito cedo. Daqui a duas horas perguntainde-me.

Buenos é que já muito choroso continuou com visíveis dificuldades:

Meus amigos!

Lamento ter sido criticado no jantar do PS por esses senhores.

Apoiado! Alguém gritou.

Apoiado o quê, pá?

Buenos já ia partir para a violência, no que foi contido por Azeite que optou pela via pacífica de resolver as questões como mais à frente se verá.

A custo Buenos sentou-se.

De seguida, tomou a palavra Sargenor, o qual evidenciava sinais de que arcava com toda a responsabilidade do futuro do PSD de Aires Pereira.

Para os mais próximos murmurou:

Sou sempre eu pá!

Meus amigos e camaradas! Começou ele por dizer.

Quero agradecer a todos os Presidentes de Junta, menos ao de Terroso, que vá cucaralho, a presença neste meu jantar de aniversário… … Aqui Buenos foi acometido de um ataque de tosse.

É com grande satisfação que vejo aqui ao meu lado o Sr. Presidente da Junta de Aver-o-mar, o Sr. Dr. Adelino Maçãs, o que mostra que ele está comigo… …

Aqui Garrafão de Vinho ficou confuso, ele que não é de Aver-o-mar nem se chama Adelino.

Buenos é que tentou avisar Sargenor do erro, em vão porém.

O Sr. Presidente da Junta de Aver-o-mar está a fazer um trabalho excelente, porque está a colocar pedra nas ruas, passeios nas estradas e canos no esgoto e, por esse motivo, está aqui sentado ao meu lado direito, ao lado de Deus pai… …

Oh Sargenor, disse Buenos já irritado, o de Aver-o-mar num está aqui.

Num está? Mas ele estava no jantar do PS.

Deixa-lo tar. Deixa o home pá!

Sargenor acabou o discurso com a lengalenga do costume, projectos para a Póvoa, passados e futuros, do século e do ano, do Verão e do Inverno, do equinócio e do solstício, e nunca mais se calava.

Com o efeito do vinho, boa parte dos convivas já dormia.

O jantar terminou com a oferta de brindes a cidadãos que foram vítimas de injustiça da Câmara, a qual e desta forma pretende antecipar o espírito natalício próprio da época de eleições.

O momento de maior emoção verificou-se quando o vereador Azeite entrega o contrato de arrendamento ao Sr. Venâncio, que havia visto a sua padaria ser quebrada por funcionários da autarquia comandados pelo Kilores e supervisionados por agentes da PSP, que o leitor pode lembrar AQUI, e nas fotos seguintes.


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quinta-feira, 12 de março de 2009

clima de medo na póvoa de varzim


2007-12-05

Quiosque Camões foi assaltado.

O quiosque Camões, situado na Praça Luís de Camões, foi assaltado durante a noite. Quando a proprietária abriu o quiosque, pelas quatro da madrugada, deparou-se com as chapas de protecção rebentadas, aloquetes cortados e montras partidas.

Os larápios levaram maços de tabaco, cigarrilhas, isqueiros, raspadinhas. Tudo o que era de valor foi levado, menos revistas. O valor total dos prejuízos está por apurar.

Este é o quarto assalto nos últimos anos.


MAIS UM CRIME NA PÓVOA DE VARZIM


2007-12-06

Macedo Vieira Foi Desafiado A Candidatar-se A Novo Mandato

Aires Pereira lançou o desafio a Macedo Vieira para se candidatar a novo mandato, sendo assim o quinto e perfazendo 20 anos de poder autárquico, referindo que “o futuro não permite que o PSD se meta em aventuras e só temos um caminho, é preciso fazer com que Macedo Vieira continue a sentir-se bem entre nós e possa liderar a Câmara por mais quatro anos. É preciso que a obra feita seja consolidada”.


MAIS UM CRIME NA PÓVOA DE VARZIM







quarta-feira, 11 de março de 2009

tende pena de nós poveiros!


Como estava combinado no último Folha Municipal, uma iniciativa da minha Câmara Municipal que tem dado que falar, este mês os poveiros da minha terra estavam convidados para passar o Natal na minha Quinta em Ponte de Lima. Eu até tinha tudo preparado, mas os convites desapareceram da Câmara e até hoje estou por saber quem foi o filho da maindre que os roubou.

Oh Buenos, eu já tinha dado convite prá minha mãe, pró o meu irmão, pró meu tio Zé, pró meu tio Constantino, pró meu primo Gustavo, prá minha tia Juventina, pró meu sogro Magriço, pró meu… ….

Ei! Ei! Ei! Azeite home. Antão foste tu que levastes os convites?

Levei muitos. Sabes que quando …peperlalapepe… é para comer estou sempre peperlapepe…pronto.

Deus me livre. Sargenor está aqui encontrado o ladrão da Câmara.

Sargenor! Oh Sargenor! Já dormes caraigo?

Hum. Ein?

Bom! Poveiros, estamos aqui no Bar da Praia do nosso amigo e camarada Lexotan, um local aprazível e que revela o verdadeiro turismo de qualidade da nossa cidade, um trabalho abrilhantado pelo Azeite, o nosso vereador com o pelouro, e Tino o homem da cultura, que também tem sido incansável em levar a cultura aos poveiros, antes que eles nos levem a nós.
Vejam a paisagem:
Oh Lexotan! Como é meu? Está tudo em ordem?

Tudo meu.

A ASAE tem chateado muito?

Estiveram cá em Outubro e fecharam-me isto.

Num melodigas. Deus me livre.

É. Fecharam por falta de licença.

Ai sim? E quem devia ter passado a licença?

Tu. Orafoda-se!

Eu? Tu nem digas uma coisa dessas. Já foste dizer isso prós jornais?

Não.

Bueno. Bueno. Antão quando fores prós jornais dizes que foi o Garcia do PS que num deixou. Percebeste a jogada?

Mais ou menos.

Pões a boca no trombone e ele que desminta, se quiser, mas como os jornais estão tapados ele leva cuas culpas todas.Risos.


MAIOR ORÇAMENTO DO SÉCULO!


Caros poveiros amigos, espalhados por esse povo anónimo que é o motor do nosso trabalho, para quem damos todo o nosso esforço no sentido de melhorar as condições de vida, temos uma excelente notícia:

O orçamento para 2008 é o maior do século. Explica aí Sargenor porquê:

É simples. As obras são as mesmas de há 20 anos, e este ano é o que gastamos mais nessas obras.

Deus me livre. E quais são essas obras Sargenor? Diz aqui para o povo ouvir.

É a Praça do Almada, é a Av. Mouzinho, é o Parque da Cidade e é o Garrett.

Ei pá! Num puseste o Correntes D’escritas meu.

Calma, num chores Tino. O Correntes num é obra, meu.

É muita obra Sargenor. Deus me livre.

Também acho Buenos.

E a ETAR?

Num sei.

E o novo hospital?

Também num sei.

Estão a ver poveiros? Este nosso presidente é um tipo vosso amigo. Gosta de vos surpreender na hora, apanhar-vos desprevenidos.

Saudemos Sargenor, meus amigos!

Ala Arriba!

Quem foi que gritou isso?

Foi eu Buenos.

Quem és tu meu?

Sou o Catitinha. Venho substituir a Florbela que está com asma.

Grande asna. És a cara chapada da tinhosa. Deus me livre.

Senta-te aí Catitinha e fica calado antes que te… … Alguém quer comer?

Eu quero quatro francesinhas.

Fosda-se Azeite. Num estás no Guarda-sol. Aqui o Lexotan é judeu meu. Temos que pagar.

Antão só quero meia francesinha.

Quéputo de esganado moço!

Lexotan! Oh Lexotan!

Que foi home?

A gente quer comer. O que tens?

Estou aqui com uma dor nas cuostas.

Nas cuostas? Até parece que eu sou polícia?

Calma Sargenor, agora apanhaste essa do polícia. Fosda-se!

Tens jaquinzinhos?

Não. Tenho francesinhas e hamburgueres.

Haaaaooouuuuf! Quase que vomitava.

Que foi Sargenor?

Já enjoei de francesinhas.

Andas a comer coisas que te fazem mal, depois queixa-te.

Antão num tens nada de bacalhau, nem peixe?

Não.

Poveiros estamos em condições muito difíceis para levar a cabo este Folha Municipal.


PS MUDA DE POSTURA!


Quero dizer aos poveiros que saudamos a nova postura do PS, agora que mostram diálogo franco e aberto, o que antes não acontecia.

Se continuar assim é natural que haja uma coligação nas próximas autárquicas para quilhar o CDS.

Coligação Buenos? Eu ganhei em todas as mesas de voto, tive a maioria absolutíssima, tive... ...

Os tempos são outros agora, Sargenor. Temos que os segurar porque eu noto que eles sabem demais e temos que lhes dar uns rebuçadinhos do Dr. Bayard.

Catitinha o quê que temos mais para este Folha?

A Varzim Lazer.

Ora aí está uma boa ideia.


VARZIM LAZER – MODELO DE SUCESSO


Sargenor como a VL é a tua especialidade explica aqui ao povo poveiro o sucesso da empresa.


Poveiros! Sou o Sargenor e agora vou-vos explicar como funcionou a Varzim Lazer em 2007:

Actualmente a empresa não tem passivo, está a pagar a 30 dias, apresenta uma dívida a fornecedores de 16 mil euros, e em 2008 já contamos com a obtenção de resultados positivos na ordem dos 7000 euros, com um ‘cash-flow’ também positivo na casa dos 200 mil euros.


Como é? Como é? Até me confundes todo pá! Num tem passivo? E os 16 000 Euros de dívidas?Ai isso num sei. Só disse o que me disseram pra dizer.

Como é Azeite? Tu que és o homem das Finanças.

Pá passivo peperlapepe, é uma coisa muito complicada como já dizia Cervantes quando montava no cavalo com o Sancho Pança, mas as dívidas mais complicado é ainda, porque como dizia Samuelson… …

Ei! Ei! Onde tu já vais meu menino.E essa história do cash flow Sargenor? Temos que explicar isto bem expicadinho ao povo meu.

Eu pra mim cash flow é um roubo.

A sério? Deus me livre.

É. Mais valia aplicar esse dinheirinho em terrenos como eu fiz cumeu irmão e o Marinheiro. Rende mais.

É assim Azeite?

Pá cash flow é muito complicado. Como já dizia Ortega Y Gasset “eu sou eu e a minha circunstância” e daí… …peperlapepe os resultados às vezes não são como a gente esperava.

Bem. Vamos avançar que já está a ficar frio.

Olha está aí o Lexotan.

É verdade oh Lexotan pá. Deixa-me perguntar-te uma coisa. Quanto tempo a ASAE te fechou o barraco?

Um mês.

Só um mesito. Poreiro, poreiro.

Sabes qual é a média para casos como o teu? 6 meses.

Assim mais valia fechar pra sempre.

Mas aqui o nosso candidato Sargenor fez um telefonema pró inspector e a pena foi reduzida. Em quem vais votar? Diz lá manganão?

No inspector.Vais o caraigo.

Catitinha que temos mais?


AURORA CUNHA HOMENAGEADA PELO REGAÇO!


Qual Aurora Cunha? O do PCP?

Não. A Aurora Cunha.

Antão num interessa nada isso.

Alto! Deixa-me cumprimentar ali o Sr. Leixões.

Bom dia Sr. Leixões?

Grufgraggrufbomdia!

Como está a esposa Sr. Leixões?

Putrfucreesposagrnha!

E a filha? Como está a sua filha Sr. Leixões?

Cresssputregragredaputa!

Fosda-se! Num percebi nada do que o raio do home disse.Mais!


ROTARACT ANIMOU IDOSOS DE AMORIM


Oh Catitinha queres que fale disso? Tem pena de mim. Isso num tem interesse. Isso num dá tacho home.Chama aí o Tino para falarmos de cultura.Como é Tino? O quê que tivemos de cultura nestes últimos 30 dias meu?

Tivemos muitos espectáculos de rua, com música étnica e palhaços e coisas giras prás crianças.

Só isso?

E tivemos teatro.Teatro! Onde? Num melodigas que o Garrett já está pronto?

Tivemos este golpe de teatro do PS.

EH! EH! EH! Risada geral.

Esta foi a do ano. Num foi Sargenor? Deus me livre.

Ai que já estava a dormir com este solzinho.


DESPEDIDA!


Poveiros amigos!

Como sabem estamos sempre do vosso lado para o que der e vier, mas mais pró que der. Não é qualquer um que dá e nós temos de estar do lado dos que dão. E depois os outros também lucram.

Esperem aí que o Tino está aqui a fazer-me sinais.Que queres borrabotas?

Tenho aqui um poema que fiz no treino para o Correntes.

Força lá com o teu poema.


Natal é tempo de encontro,

Tal como no encontro o tempo é de sexo,

Sempre que me desencontro,

É nas calças que mexo.


Sinto a noite andar à roda,

O dia a voar,

Sinto que está na moda,

Encostado à parede arrear.


Ai quéputo de poema. Deus me livre a tua veia. Isso é o que se chama uma veia enganadora.

Prontos poveiros. Um Natal Feliz para todos aqueles e os outros que tais.

Queres dizer alguma coisa Catitinha? Não? Prontos. Fiquem com a música do Elton John em mp3 “Last Christmas” que podem fazer o download AQUI.

Isso num é do Elton John, isso é dos Whitesnake.

Sargenor, tu num percebes nada disto.

Eu acho que é daqueles alemães, os Berlin.

Este Tino é muito nabo. Só por se chamarem Berlin já são alemães.

Até para o próximo mês poveiros!


Buenos, com a assessoria, desta vez, de Catitinha (quéputa de poupa moço!)


Catitinha













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