um blogue saudosista com base em textos por aí publicados.

gosto de ler

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

sessões de câmara (5) nepotismo, clientelismo e mediocridade


Poderia apontar diversos exemplos de funcionários contratados pela autarquia poveira apenas com base em critérios de apelido familiar, preferência política ou cunha de pessoa influente.

No entanto, creio ser suficiente, para demonstrar o caos que paira na área de recursos humanos, referir a categoria jurista.

São muitos os juristas contratados pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. Muitos mais do que as necessidades efectivas para dar resposta aos problemas que decorrem do seu normal funcionamento.

Creio, com elevado grau de certeza, que nenhum dos que lá trabalha foi contratado por mérito pessoal. Lembro aqui o genro do Zé Azevedo, antigo estagiário do escritório do Dr. José Reina, esse grande amigo de Macedo Vieira, a filha do Quilores, casada com o Presidente do Clube Desportivo da Póvoa, a mulher desse moço da livraria Minerva, o Bago, a mulher do advogado da Califórnia, que deu mais despesa pelo tamanho da cadeira, a Sandra Rita que teve um processo disciplinar na Varzim Lazer cuja sanção foi a sua contratação pela Câmara, algo inédito, ou talvez não. Enfim, um rol exemplar.

Só para dar alguns exemplos de contratações em desobediência às regras previamente impostas de selecção dos candidatos.

O que faz tanta gente com a mesma licenciatura?

O trivial, o corrente, o levezinho.

Porque os grandes processos, as grandes causas, os assuntos complicados, aquilo que coloca em cheque a autarquia, esses são entregues a advogados de renome.

Como é o caso de Lopes Cardoso.

De Lopes Cardoso poder-se-ia dizer que aufere um chorudo ordenado só com a nossa Câmara como cliente.Veja o leitor que só nesta carta, correspondente a um processo, o causídico pede 1 500 contos de provisão. Estávamos em 2001.

É apenas uma amostra. Se o leitor quiser perder tempo a ler as actas vai reparar nas quantias absurdas que são pedidas por este advogado.

Se a Câmara contrata tantos juristas porque não entregar-lhes estas causas?

Por mediocridade dos contratados, presumo eu.

Para prejuízo dos cidadãos que têm de arcar com todas estas despesas, ou por acaso julgam que é Macedo Vieira e Aires Pereira que pagam do próprio bolso?



quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

sessões de câmara (4) as viagens


Foram inúmeras as viagens dos nossos eleitos do PSD a terras de Vera Cruz e Canadá, a mais famosa das quais será a que permitiu a Tone ter um processo disciplinar por ter dado cinco faltas consecutivas ao serviço e, dessa forma, obter a aposentação compulsiva em valores muito acima daqueles que obteria se esperasse pelo integral cumprimento do tempo de serviço na função pública.

Macedo Vieira e Luís Diamantino encontravam-se na época no Rio de Janeiro e em São Paulo, na célebre viagem em que se fez acompanhar por várias figuras baças da nossa sociedade, onde se incluíam Virgílio Tavares e Catarina Pessanha, a tal Directora de um jornal que não se enfeuda a partidos políticos.

Esse jornal passa a vida a comemorar aniversários, como se cada um fosse uma batalha contra a condenada extinção. Vai no décimo, o que significa que em 1999 o jornal tinha um ano e estava a dar os primeiros passos, na mais extrema das dificuldades.

Essas cinco faltas do Tone, o processo disciplinar e a consequente sanção de aposentação compulsiva, tudo premiado com a nomeação do próprio para Presidente da Empresa Municipal Varzim Lazer, desenrolaram-se na ausência de Macedo Vieira no Brasil e sem o seu conhecimento. Assim o disseram publica e indignamente.

Isto foi o que pensou o Ministério Público, o Ministério Público da Póvoa de Varzim, um órgão que representa o Estado e deveria actuar no combate à fraude e à corrupção.

Só o Ministério Público concluiu assim. Todos os poveiros sabiam que Macedo Vieira sabia de tudo.

Em conclusão, todas esta viagens mais não constituíam do que gastos supérfluos do dinheiro dos contribuintes, exposição pública de vaidades e ostentação de uma falsa imponência que ainda hoje todos nós, contribuintes, arcamos através das altas taxas que pagamos face ao grave endividamento em que a Câmara se encontra.

Retirei de entre várias disponíveis, porque a famosa de 1999 ainda não o está, esta viagem de Diamantino a Toronto.

Até chorei sozinho? ? ?

De tanto rir! Leia.







quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

sessões de câmara (3) ser oposição





Ser oposição nas autarquias é uma tarefa ingrata.


Os autarcas com maioria política trabalham para asfixiar os eleitos da oposição, recusando a aplicação de eventuais propostas apresentadas, denegrindo o seu comportamento político, criticando as suas declarações públicas e proibindo a colaboração dos funcionários em qualquer iniciativa por eles engendrada.



Tudo com o apoio discreto dos órgãos de comunicação social locais, uns de forma mais descarada, outros sob o manto da suposta independência política.



Vale tudo para manter a perpetuação no poder.



Exemplos existem, porém, de autarcas que não se enquadram no comportamento acima referido, quer porque a sua cultura política é virada para a satisfação dos interesses dos cidadãos eleitores, quer porque desde muitos jovens aprenderam que a democracia é um regime onde todos têm voz, onde todos podem criticar e onde todos podem exprimir a sua criatividade.



A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim através desse autarca modelo que é o Dr. Macedo Vieira, tem sabido dar voz às ideias da oposição, quer atribuindo tarefas aos respectivos vereadores, quer estudando com afinco as suas propostas, quer ainda pela disponibilidade em estudar conjuntamente aquilo que se verifica ser melhor para os interesses da população.



O que vinha a acontecer, principalmente com o Arq. Silva Garcia, é uma constante afronta ao trabalho desencadeado pelo Dr. Macedo Vieira, quer boicotando o seu programa eleitoral, quer tentando que o seu seja implementado nas sucessivas reuniões de Câmara.



Nem sempre foi assim, porém, o relacionamento com os vereadores da oposição, como aliás o Dr. Macedo Vieira não se cansa de repetir:



Veja-se o exemplo de Joaquim Cancela, um homem que trabalhou no duro, circulando a ideia, ainda hoje, que a Câmara da Póvoa é uma Câmara CDU, face ao ineditismo socialista que caracteriza a maioria das suas ideias.



Veja-se o exemplo de Gil da Costa, eleito pelo PS, ainda hoje tido por todos os autarcas laranjas como o melhor vereador da oposição desde o 25 de Abril, pela facilidade com que assimilava as propostas da bancada social-democrata.



Já Carlos Mateus e José Cerejeira, o primeiro eleito pelo CDS e o segundo pelo PS nas autárquicas de 2001, são casos que devem ser analisados com mais cuidado, à luz de circunstâncias várias que definiram a política autárquica do Dr. Macedo Vieira, nomeadamente a grave crise internacional que afectou os mercados bolsistas em 2002.



Acho eu.



Foi de coração aberto que Macedo Vieira recebeu estes dois novos autarcas, pujantes de ideias, de soluções, de propostas, um vindo da Presidência do Clube Desportivo da Póvoa, outro em funções como Presidente da Associação de Bombeiros.
Dois pesos pesados, diriam os analistas políticos da época.



Foi o que pensou o Dr. Macedo Vieira. E em boa hora o pensou, porque ficou a saber com quem estava a lidar.



Repare o leitor como o Dr. Macedo Vieira sentiu que havia ali dois jovens vereadores brilhantes.



Na época, Fevereiro de 2002, havia necessidade de proceder à actualização do tarifário de saneamento básico, revendo toda a regulamentação relacionada com a matéria.



Uma tarefa gigantesca, só ao alcance dos mais iluminados.



Na reunião respectiva, Macedo Vieira logo declarou: eu num perxebo nada disto. Sou um zero em saneamento.



Aires Pereira fez coro: é preciso ser muita bom para criar um regulamento relacionado com o saneamento. Bolas!



Os outros entreolharam-se desconfiados.



Carlos Mateus fez peito e olhou em frente, fazendo o sinal da cruz.



José Cerejeira batia com os dedos na mesa, resultado da sua experiência como funcionário da autarquia vilacondense.



Ambos foram nomeados para resolver esse imbróglio.



Ambos sentiram que estavam a ser úteis à sociedade.



Ambos sentiram que o contributo que iriam dar poderia conferir-lhes o necessário alento para sonhar que um dia, um dia, poderiam ser Presidentes da Câmara e, dessa forma, suceder ao pior desde o 25 de Abril de 1974.



Macedo Vieira e Aires Pereira é que pensaram de outra forma:



Não lhes atribuindo qualquer pelouro, porque não interessava atribuir, acenavam-lhes com uma tarefa gigantesca e maçadora, que eles não queriam pegar de forma alguma, e obrigavam-nos a estar calados quanto à sua eventual participação na vida autárquica.



Não têm pelouros, mas temos atribuído tarefas que são importantes para todos, declaração que haviam preparado para a sempre faminta imprensa poveira.



E desta forma se cala a oposição.


terça-feira, 27 de janeiro de 2009

sessões de câmara (2) os santinhos







Corre por esses cafés, esquinas e ruas:



Macedo Vieira está farto de ganhar dinheiro desde que fez a parceria na Mardebeiriz com o Gomes do Marinheiro.



Aires Pereira tem mais apartamentos na cidade do que eu janelas na minha casa.



Duas certezas eu tenho, até pela origem das informações:



-Macedo Vieira possuía (ou ainda possui) uma conta em nome do filho Gustavo com mais de 100 mil contos, na época do escudo;



-Aires Pereira tem mais do que um apartamento à venda em empreendimentos sitos na Póvoa.



Ponto final.



Acreditem leitores. Eles são uns santos. Basta ouvi-los nas rádios em sucessivas entrevistas, ocas de sentido, para se arvorarem como anjos perseguidos por demónios.



Esta postura tem dado frutos ao longo de quase metade do tempo de fascismo, ou seja, ½ de 48 anos.



Atentem no especial cuidado que eles colocavam nas reuniões de Câmara quando os assuntos os envolviam directamente.



Macedo Vieira com a Mardebeiriz ou algum familiar.



Aires Pereira com a Nércio & Couto, Lda.



Gente séria. Alguém tem dúvidas?


Agora reparem neste pormenor delicioso de o vereador com o pelouro do Desporto propôr um "voto de louvor" a nada mais nada menos do que o irmão de Macedo Vieira. Claro. O homem ausentou-se da reunião, não vá dar-se o caso de no futuro virem dizer que foi ele o responsável por essa atrocidade. Ele não se chama Melro, o famoso poveiro que se desresponsabilizava de todas as cagadas que o seu "cãozinho" fazia.









segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

sessões de câmara (1) gil da costa e outros







Embora não me recorde de quem estaria à frente da Comissão Política concelhia do PS por volta de 1997, acredito que os seus elementos encontrassem na figura de um médico o candidato ideal para fazer frente a Macedo Vieira que, na época, se preparava para ser candidato a um segundo mandato.



Também não consigo descortinar que qualidades humanas e políticas essa gente viu em Gil da Costa, o médico escolhido para representar o partido nessa batalha eleitoral.



O que sei é que, segundo os socialistas locais, o homem obteve um resultado extraordinário, quando conseguiu ser eleito vereador.



De recordar que nas autárquicas de 1993, Macedo Vieira venceu mas com minoria, ou seja, havia obtido três mandatos contra outros três do CDS e um da CDU.



Os problemas começaram quando Joaquim Cancela da CDU resolveu fazer frete atrás de frete com Macedo Vieira aprovando tudo o que a Câmara PSD pretendia, deixando dessa forma os eleitos do CDS isolados.



É uma aliança que ainda hoje dá frutos.



O trabalho autárquico de Gil da Costa resumiu-se a umas jantaradas com a maioria PSD, ele que se encontrava isolado na mesa, recheada de 6 elementos do partido laranja.



Sempre que abria a boca para dizer que tinha fome, porque não sabia mais o que dizer, Gil da Costa era esmagado pelos restantes que colocavam à sua frente dois bifes do lombo e uma garrafa de vinho tinto.



Mas Gil da Costa teve um mérito: incorporou, fez seu o trabalho autárquico de Macedo Vieira, de tal forma que se tornou anti-PS.



Reparem como ele se refere à candidatura de José Cerejeira em 2001, o tal que lhe veio tirar o lugar que ele havia conquistado a ferros.


Foi uma traição o que o partido fez com ele, mal agradecidos pelo trabalho como vereador que toda a gente reconheceu como excelente mas ninguém teve coragem de o dizer publicamente. Ingratos.



Gil da Costa sabia. Ao proceder como procedeu, sempre avalizando as propostas e decisões de Macedo Vieira, alguma prenda de Natal haveria de cair no sapatinho.



Aí o temos como Director Clínico desse miserável hospital que dá pelo nome de S. Pedro Pescador, o tal que importou a triagem de Manchester para justificar a falta de médicos.



Recentemente confrontado com a exigência da Inspecção-Geral de Saúde na sequência de uma Inspecção realizada nos anos de 2003 e 2004 por terem sido pagos, indevidamente, 282 mil euros em remunerações e regalias excessivas, Gil da Costa que antes não sabia que havia recebido dinheiros indevidamente, só soube depois da inspecção realizada, prontificou-se a devolver o dinheiro, cotando-se dessa forma como um bonzão da política, por oposição ao mauzinho que é Macedo Vieira que não devolve a massa que recebeu indevidamente.




Porém, para aqueles que acham que Gil da Costa foi um extremado oposicionista de Macedo Vieira, abrindo dessa forma caminho para a eleição de José Cerejeira, facto que todos achavam impossível, dado bom trabalho autárquico de Macedo amplamente divulgado pelos jornais na época, embora ninguém saiba qual é esse trabalho, ou seja, mais uma vez os poveiros foram tomados como burros, para esses eu deixo esta declaração de voto lida em reunião de Câmara já depois das eleições, em que ele tece os maiores elogios ao caudilho.

Como se pode ter confiança num indivíduo estes?







sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

repto ao dr. macedo vieira


O tempo encarregou-se de apaziguar os ânimos, mas para muitos funcionários da Câmara, aquele dia ficou marcado nas suas vidas como o mais aterrorizante de todos quantos haviam passado na autarquia.Tudo aconteceu há cerca de 5 anos.Macedo Vieira estava extremamente zangado com a forma indigna com que os funcionários, em surdina, se referiam a ele: era o Magala, era o Dr. Zé, era o Sargenor. Enfim! Nomes que não sendo ofensivos da dignidade do autarca, o importunavam na forma de ser autoritária que o caracterizava.Reunido com os seus capangas ficou decidido:Enfiar todos os funcionários no Pavilhão Municipal e espetar um arraial de porrada, de forma a eles nunca mais se meterem com o caudilho.Para o acto solene foram contratados vários seguranças ligados à noite poveira, como o Faísca, o Catricoto, o Jamaica e o Bacalhau, chefiados pela Peixe, essa víbora de maldade.O semblante estampado no rosto de todos os que entravam era de total terror.


Claro que esta história não é verídica. Mas apenas nas intenções. Porque como o leitor pode ver foi aprovado em reunião de Câmara chamar todos os funcionários ao Pavilhão Municipal.Quais as intenções? Populistas com toda a certeza.


Por este motivo quero lançar um repto ao Dr. Macedo Vieira (com o devido respeito pelo de Aires Pereira que continua em vigor), um poveiro de Beiriz que sente a cidade como se ela fosse dele, impoluto porque não poluído, apesar de se banhar nas águas das praias, conhecedor da realidade social das suas gentes, apesar de não cumprimentar ninguém:


Dr. Macedo Vieira!


Desafio V. Exª a publicar no site da Câmara todas as actas de reuniões desde que tomou posse em 1994.


Seria um contributo inestimável para se elaborar a história da destruição da Póvoa de Varzim.


E com este post quero dar início a uma semana em que se vão revelar algumas curiosidades da política poveira, toda ela cozinhada em reuniões de Câmara.





que bolachada!


Estava eu a ouvir “My October Symphony” quando se me apoderou uma vontade de ir ao Bar da Praia, local que, à semelhança de muitos poveiros, abandonei por falta de condições para um atendimento minimamente aceitável.
De recordar aos poveiros que o Bar da Praia constitui, nesta altura, um mamarracho que combina o que de pior existe em hotelaria com as salmonelas que banham docemente a costa poveira.
É impossível ficar indiferente.
Muito bem. Estava na hora de revisitar o dito.
Já acautelado com os preços exorbitantes lá praticados, preveni-me com o velho pacote de bolachas de baunilha, o qual associado a um “perna de pau”, que lá tem preço tabelado, constitui basicamente o denominado “bolo de bolacha”, em minha modesta opinião.
A crise económica não está para menos. É necessário poupar.
É sempre o povo que tem de poupar e eu faço parte do povo.
Não sou um proletário como o Karl Marx Queiroz, o Tocado da Costa ou o Aurora Cunha Machado, para além de outros da CDU, mas sou poupado.
Aliás, pensei imediatamente nos casos de Macedo Vieira e Aires Pereira.
São para mim uma referência.
Não é qualquer homem que consegue enriquecer à custa do engano de milhares de poveiros.
Temos de lhes dar mérito.
Os poveiros, no caso de Macedo Vieira, já são enganados há 14 anos e pelo Aires Pereira há 18. É verdade pá! Tu quando nasceste já o Aires Pereira lá estava. É incrível a forma como o povo se deixa manipular.
Ainda me lembro de ambos:
Aires Pereira, quando entrou para vereador em 1990, também comia bolachas de baunilha e pernas de pau e agora é um homem rico.
E Macedo Vieira não é muito diferente.
Ambos com as suas quintas, os seus apartamentos, os seus automóveis, as suas gordas contas bancárias, as suas aplicações financeiras, em nome próprio e de terceiros, constituem, para qualquer defunto* que se preze, um exemplo a seguir.
A diferença entre ricos e pobres está na habilidade para enriquecer.
Não existem aqueles que ficam contentes só por o filho ou a filha terem conseguido o emprego na Câmara, que passam a endeusar os referidos só porque viram o descendente supostamente a realizar-se profissionalmente, mesmo que à custa do talento de outros que foram preteridos?Quem quiser que se safe, já diz o meu amigo Caveira.
E aqueles outros que sabem que a filha está a ser vítima de assédio sexual do Kalisto e nem por isso se importam.
Há gente que se sente rica com pouco. E depois andam aí a bajular os parasitas autárquicos, como foi o caso daquele que se apelidou de socialista e veio para o Comércio da Póvoa dizer que votaria em Macedo Vieira, um tal de Rodgério Samora Machel, ou coisa que o valha. Coitado! Até me disseram que ele estava meio gagá, mas eu não acreditei, sempre com a minha boa fé.
Esses nunca hão-de ser ricos, apenas porque não o merecem.
Ficar rico, como político, exige talento, mesmo que esse talento não seja notório.
As mesas de voto falam por si.
Munido das minhas bolachas lá fui para o bar da praia.
Ainda encontrei o Jaiminho pelo caminho.
Eh Tony pá. És o gaijo mais verde da Póvoa, pá!
Verde é a tua prima lambedor. Verde porquê pá?
Num andas de carro meu. És o único gaijo da Póvoa que num anda de carro. Assim dás prejuízo ao Macedo Vieira, meu, e ao Jacinto dos Talhos!
Vai trabalhar malandro! Disse-lhe eu antes que lhe espetasse duas bolachas.
Chegado ao destino dou com o nariz na porta, em sentido lato, ou seja, encostei o nariz à porta. Nas redondezas só vi três gajas escarranchadas das pernas. Pensei que deveriam ser chinesas.
Nem vivalma! Do tão falado bacalhau da Noruega de Guimarães nem sinal.
Ainda estive para bater palmas, no velho estilo manuelino, agora que uns palhaços tiveram a ideia de ressuscitar o espírito……
FECHADO PARA FÉRIAS DO PESSOAL.
REABRE DIA 30 DE NOVEMBRO.
Este energúmeno agora dá férias. O esganado! Pensei eu.
Regressei. No caminho encontro o Recoveiro.
Recoveiro! Está fechado o bar?
Está fechado meu menino. Foi a ASAE que veio aí fazer uma fiscalização.
Agora percebi. Finalmente alguém deu ouvidos ao que aqui se escreve.
Ainda estive para ir ver a segunda parte do Varzim-Olhanense, mas tive medo de cometer um assassinato via Internet na pessoa do treinador Luís Diamantino Miranda, um feliz exemplo de que a mediocridade é paga a peso de ouro.

* "Defunto" no sentido de "mortal", acho eu.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

a paz do ferraz



Antão Ferraz? Grande encontro esse o da paz?


Nem me fales Magala. Tá difícil organizar estas coisas.


Porquê Ferraz?


Só participam homens. O ano passado fomos todos de mão dada.


Quem Ferraz?


Eu, o Tinho Trinca Espinhas, o Salmonela, o Falcão. Até o Bacalhau queria entrar, mas aí o Tinho gritou: já tem homem que chegue.


Antão este ano num há mulherio?


Tá difícil. Já arranjamos umas pombas pra largar, mas o resto é um deserto.


Fazes uns quadros cum gajas nuas e expões prá malta ficar contente.


Boa ideia Magala. Como é que te foste lembrar dessa ideia?


TOC! TOC!


Entra.


Bom dia Magala. Bom dia Ferraz!


Antão Rambo? Vens triste meu?


Os gajos do Comércio Ao Ar Livre puseram-se em bicos de pé e eu tive que tomar providências.

O que fizeste Rambo?


Pus o Kilores à porta da Ourivesaria Mil Ases durante um dia. O moço nem saiu da ourivesaria, borrado de medo.


Boa ideia Rambo. O Kilores é marca pistola.


Antão Ferraz ao que vieste?


Vim ao subsídio.


Também tu!


Calma Rambo. Até é bom que o Ferraz venha com a paz, agora que estamos em guerra com o Garcia e os blogues. Assim enganamos o pessoal.


Boa ideia Magala. Como é que te foste lembrar desta ideia.


Como é? Vais de mão dada?


Num sou gajo pra isso.

Vai tu.


Eu? Num tem mulheres aquilo.


Leva a tua.


E tu? Levas a tua?


A minha está a fazer o comer.


Também mandas pelo telemóvel?


Não.


Ferraz é o último subsídio que levas meu. Vamos apertar o cinto.


Porquê Magala? O Garcia anda a chatear?


E de que maneira!
Vai à tua vida Ferraz e muita paz. Fosga-se!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

completo abandono


Foi das ideias mais brilhantes que algum ser humano poderia ter.

Quando em 1994 Macedo Vieira assumiu a Presidência da Câmara Municipal, após uma campanha eleitoral completamente desastrosa que quase conduziu à vitória do CDS que, na época, apresentou Augusto Boucinha como candidato, ninguém imaginava que a sua primeira medida, como autarca, fosse a remodelação da marginal da Póvoa de Varzim.

Ainda me recordo das palavras que publicamente repetia:

“Sou o cirurgião da cidade”

“Vou tornar a Póvoa de Varzim uma terra com turismo de qualidade”

“O facto de ter sido cirurgião dá-me o know how”

Dando concretização a este discurso, Macedo Vieira levou a cabo a “obra do século”, epíteto que viria a ser destronado pela construção da via B que passou, essa sim segundo o próprio, a ser a tal obra centenária, até porque muitos haviam tentado e só ele havia conseguido.

Só nunca descobri quem foram os outros.

Se o leitor tentar recordar o aspecto que possuía a marginal, como Manuel Vaz a deixou, será conduzido a pensar como eu:

Como é que o homem se foi lembrar de fazer o dito arranjo?

Após 14 anos e muita despesa supérflua com viagens para o Brasil, com investimentos pouco sucedidos como a Varzim Lazer, com “obras de arte” de gosto mais que duvidoso em rotundas, a que assistimos?

Ao total abandono do património poveiro.

É o caso da foto, é o edifício da Varzim Lazer, é o chafariz em frente ao Casino todo borrado de excremento de pomba, são as ruas adjacentes à Av. Mouzinho de Albuquerque, é a areia da praia já repleta de lixo, etc.

Todos os poveiros já têm noção de que a Câmara está completamente falida.

Dois sinais evidentes da péssima situação financeira da autarquia revelam-se com as obras da avenida Mouzinho e com as do Museu:


1- Parece que o cónego Melo já entrou com o processo de beatificação de Macedo Vieira na Santa Sé, ele que acaba de conseguir o "milagre" de fazer as ditas obras sem gastar um cêntimo. Claro! O poveiro é que a vai pagar quando meter o carro no túnel.


2- A empresa que vai proceder à remodelação do Museu é a mesma que apoia a equipa de ciclismo. A Câmara apoia o ciclismo em 10%, cerca de cem mil euros, a obra custa 60% do preço de concurso, cerca de seiscentos mil euros, a equipa custa um milhão de euros, o preço levado a concurso em um milhão de euros se cifra. É muita conta certa. Nem o Guterres faria tão direitinho.


Os sinais de total degradação estão à vista.





terça-feira, 20 de janeiro de 2009

devolve o dinheiro já!


IGAT: autarca de Póvoa de Varzim deve devolver metade do salário.


A Inspecção-Geral da Administração do Território recomenda que o presidente da Câmara da Póvoa de Varzim seja condenado a devolver à autarquia metade do salário que auferiu como autarca até Outubro de 2003, por ter recebido outras remunerações simultaneamente.


O leitor ainda deve estar recordado do que escrevemos sobre esta matéria. Leia AQUI e AQUI.


Não é difícil saber as razões por que o IGAT tomou esta posição. Leia o que ele tem mamado desde que assumiu as funções de Presidente da Câmara:

Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim desde 1993, é ainda vogal da Comissão de Vencimentos da empresa “Águas do Cávado, S.A.”, Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da empresa “Metro do Porto, SA”, para além de integrar o Conselho Consultivo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (em representação da J.M.P.), o Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais, o Conselho Superior da “Primus-Promoção e Desenvolvimento Regional, S.A.” e o Conselho de Administração da “Varzim Lazer – E.M.”.


É Presidente do Conselho de Administração da LIPOR desde 2001. Foi eleito deputado à Assembleia da República na anterior legislatura.


Para além de tudo isto, que é muito pouco, segundo o próprio, porque tem pretensões a ser administrador do próximo hospital e, para isso, pediu ao Aurora Cunha Machado que fizesse muito barulho na Assembleia da República sobre essa questão, ainda foi sócio gerente da firma que possui com o irmão, a Mardebeiriz, lda.


Perguntará o leitor: E qual é o problema de ser sócio da Mardebeiriz?


Basta atentar na expansão que a Póvoa sofreu desde que ele, em 1993, assumiu a Presidência da Câmara.


Muitos terrenos nos arredores do concelho que não passavam de meras bouças, sem qualquer capacidade construtiva, através de alterações ao PDM passaram a ser zonas de construção.


Ora, tendo conhecimento privilegiado dessas informações, ele e o irmão, convidaram o Gomes do Marinheiro, homem de elevada fortuna (basta lembrar a ambulância que ofereceu aos Bombeiros no valor de 150 000 Euros), para fazer parte da sociedade e, assim, poderem ter capacidade financeira para adquirir os referidos terrenos e, posteriormente, após alteração do PDM, os venderem a preços vinte vezes superiores ao adquirido.


É simples. Basta ver que escrituras foram celebradas, em nome da Mardebeiriz, desde que o Gomes entrou para a sociedade.


Após recomendação do IGAT que obrigava a que Macedo Vieira devolvesse cerca de 38 000 contos (trinta e oito mil contos), o homem abdicou da gerência da Mardebeiriz, mas manteve-se como sócio, num acesso de falta de vergonha na cara, porque na realidade deveria abandonar pura e simplesmente.


Os milhões entravam nos bolsos a uma velocidade estonteante.


Daí ter surgido a conta em nome do filho Gustavo, com mais de cem mil contos por volta do ano 2000.


Pelo que sabemos, Macedo Vieira tem recusado devolver esse dinheiro.


Vais pagar caro, meu caro!





segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

garrafão de vinho?


Quem fala?

É o Magala. Onde estás pá?

Tou no Paulino a ser julgado na Praça Pública.

Tás mas é bêbado, vai-te kilhar.

Antão tu num foste à homenagem ao Sá Carneiro?

Num pude. Estou cum pigarro na garganta, de forma que precisei de vir cá matar o bicho. Tu foste?

Num fui, porque aquilo num dá tacho. Até logo que está aí o Tinho Trinca Espinhas que organizou aquilo com o Rojão.

Estás a precisar de vinho?

Não. Ainda tenho o último garrafão que trouxeste. Tchau Garrafão de Vinho.

Antão Tinho? Que tal correu a homenagem?

Chorei pra caramba.

Num digas!

Digo. Com o frio que estava até me vieram as lágrimas.

O Rambo apareceu?

No meio daquela gente toda nem deu pra reparar.

Ai estava muita gente?

Estava.

E foste tu que organizaste?

Fui eu e o Rojão.

Boa ideia. Como é que te foste lembrar dessa ideia?

Toda a minha carreira política como professor devo-a a Sá Carneiro.

Estás-me a chamar Sá Carneiro?

Não, não.

E antão? Conta lá como foi.

Estavam centenas de pessoas como podes ver na foto.

É muita malta, sem dúvida. Como é que conseguiste?

O Rojão levou o pessoal da JSD mais dois ou três gatos pingados.

Discursaste?

Discursei de improviso.

Num digas! Espectacular. Como é que conseguiste?

Foi fácil. Decorei como fazia na escola.

Ai sim. E o que disseste?

Foi assim:

“Sá Carneiro legou-nos um partido inquieto, cheio de seriedade e de serviço a uma causa com o objectivo de alcançar algo para a sociedade, e por isso não me conformo com o rumo que Portugal está a levar.”

Foi isso?

Foi.

Num percebi nada. E que mais?

O Rojão também discursou.

E o que disse esse moço? Bom moço, num é?

Ele disse que Sá Carneiro é um homem do Estado, com uma visão do Estado que era só dele. Não confundia a floresta com as árvores e vice-versa e que era portador de uma cultura que nunca chegou a entregar, porque o carteiro nunca mais apareceu. Mas tinha uma ideia clara para Portugal.

Muito bem esse Rojão.

Agora traduz o que ele disse que hoje estou muito cansadinho.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

balanço do ano 2008

Numa altura em que todas as publicações procedem ao balanço do ano de 2007, é tempo de apresentar aos poveiros aquela que já é por todos considerada a frase do ano de 2008 e que servirá de fio condutor a toda a medíocre política autárquica da cidade da Póvoa de Varzim.
Para todos os poveiros, a frase do ano 2008:
"O que lá está há 20 anos quer ficar até aos 24 e para isso convidou o que lá está há 16 para ficar até aos 20."
E assim se vai desenrolar o longo ano de 2008 que, esperamos, seja um ano Feliz para todos os poveiros.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

francesinhas, chá verde e o ET


A cidade da Póvoa de Varzim deve ser nesta altura, Janeiro de 2008, a capital da escultura.
Se não vier a ser ultrapassada por este novo município, a Trofa, que está a cumprir à risca os mandamentos do "Guia Autárquico" de Valentim Loureiro, que já vai na sua vigésima edição esgotada, ou seja, com o despejo de verbas para o clube local, o Trofense, com o intuito de obter resultados imediatos.
De facto, receia-se que a Trofa possa ultrapassar a Póvoa de Varzim no número de rotundas e, obviamente, nas respectivas esculturas de qualidade artística duvidosa.
Tudo isto vem a propósito da reclamação que uma dessas escultoras, que espalhou arte surrealista pela cidade, com três esculturas de sua autoria, apresentou contra a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.
De seu nome Margarida Santos, a artista veio dizer que há muito pouca escultura em Gaia, insurgindo-se desta forma contra a política cultural de Menezes.
E mais à frente vem dizer que só na Póvoa de Varzim tem três esculturas de grande porte. Leia tudo AQUI.
Não sei se o E.T., que o leitor vê na foto, é da sua autoria.
O que sei é que quem o encomendou deveria ser obrigado a pagar aquela merda do seu próprio bolso.
Seria o castigo para o péssimo gosto artístico que se espalha paulatinamente por toda a cidade.
Incomodado com isto, mais incomodado fiquei quando a minha mulher me diz que estava com saudades de comer uma francesinha no Guarda-Sol, porque desde solteira que não põe a boca nessa iguaria, que o Azeiteiro do vereador, que agora tem a mania que é o Nespresso, anda aí a recomendar aos já estragados poveiros, através da suja campanha “Sabores Poveiros”.
Contrariado lá fui.
Chefe! Duas francesinhas especiais. Gritei eu no meio daquela barafunda que é o Guarda-Sol.
O Guarda-Sol é o baluarte da democracia poveira.
Desde poetas malditos a políticos medíocres, passando por músicos e jornalistas de segunda divisão, de tudo lá se encontra. Tudo fala alto.
Quando as francesinhas chegaram, quase que morria só de olhar, com aquele molho meio laranja, meio vermelho a borbulhar, e o queijo derretido misturado com salsicha ou linguiça, e o fiambre, e depois lembrei-me que o Guarda-Sol tinha por hábito fazer as francesinhas à segunda-feira e guardá-las para toda a semana, servindo ao cliente com mais apetrechos do que os normais, conforme a cara era ou não conhecida.
Lá fui comendo.
No fim estava com uma pança que nem me podia levantar.
Virei-me para a minha mulher e disse-lhe: tão pouca merda deixa um gajo inchado. Fosda-se!
Lá estás tu. Disse ela.
Nesse dia à noite nem dormi, indisposto com a puta da francesinha.
Ia para a casa de banho e só saia coisas de cor laranja.Um hora depois, outra vez.
Um hálito azedo apoderou-se da minha cuidada boca.
Filhos da puta envenenaram-me com polónio, como fizeram ao Litvinenko.
Nem vontade de dar um beijo à minha mulher senti.
Aliás, estive quase para a pôr fora de casa por tão brilhante ideia de me levar a comer francesinhas.
Precisei dela, no entanto, para me transportar ao hospital.
Sempre tive o hospital da Póvoa de Varzim como um corredor da morte.
Ali só se vêm ciganos e gente humilde.
Sempre que fui ao Hospital nunca vi o Sr. Doutor, o Sr. Engenheiro ou o Sr. Arquitecto.
É o Hospital do povo.
AGUARDE A SUA VEZ
Diz à entrada.
Está porreiro, disse eu para a minha mulher.
Fiz a inscrição. Cinco minutos depois já ouvia o meu nome:
TONY VIEIRA
Toda a gente se levantou e veio pedir a bênção.
O povo sabe reconhecer aqueles que o ajudam.
Fui chamado a uma sala onde estava uma tipa de bata branca.
Antão o que é que o senhor tem home? Perguntou ela.
Estou com dores no estômago.
Isso num será merdas esquecidas?
Está feita com os filhos da puta. Pensei eu.
Ora vai levar aqui a fita azul e aguarda que o chamem.
Ela ainda olhou para a laranja. Mal eu sabia que era a melhor.
Passa uma hora e nada. Passa outra hora e nada.
Passa um gajo de bata branca e eu dou um berro:
Oh Chefe! Isto num anda caralho?
Tem que esperar pela sua vez. Isto é a triagem de Manchester.
Fosda-se! Lembrei-me logo do outro trengo com a história de Milão e Tóquio.
Depois é que percebi:
Os hospitais não têm meios humanos suficientes, não têm instalações condignas, tratam as pessoas como se fossem números, os médicos só querem ir para o bar namorar as enfermeiras, as quais andam sem soutien e sem calcinhas para sentirem menos cócegas.Vai daí importam um modelo de atendimento que só faz sentido em hospitais de nível internacional e com um sistema de saúde super evoluído.
Esta merda num é Milão nem Tóquio pá! Gritei eu.
Quando fui atendido, quatro horas depois, já estava cheio de fome.
Apareceu-me um tipo que disse ser médico, mas para mim parecia um tasqueiro do Paulino.
Tiraste o curso no 25 de Abril, pensei eu, face ao bem avantajado bigode típico daquela geração que acabou os respectivos cursos sem fazer qualquer exame, que se intitularam durante longos anos “homens de Abril” e agora roubam à desgarrada o próprio povo.
Cambada de filhos da puta! Pensei eu.
Tony pá! Vais tomar chá verde duas vezes ao dia. Disse ele depois de me ter auscultado e mandado tossir.
Melhor o pensou, melhor o fez. Pega numa receita e escreve umas palavras que ninguém conseguia entender. À médico.
Dirigi-me à farmácia de serviço e mostrei ao primaço que estava no balcão.
Ele leu. Leu. Voltou a ler.
Tony isto é chá verde meu. Tens que comprar no supermercado.
Malandragem filha da puta! Pensei eu.
No dia seguinte fui novamente ao Guarda-Sol.
Francesinha Senhor Tony? Disse o mesmo empregado.
Francesinha é a tua prima.Traz aí dois chás verdes, antes que te foda o capacete.
Veio o chá verde, provei e perguntei quanto era.
70 cêntimos. Respondeu o gajo.
O quê pá? Então uma caixa de 12 saquetas custa um euro.
Mas tem que pagar a água que encareceu este ano.
Que água lambisgóia? A água parece coca-cola e está cheia de soda cáustica pá.
É de tabela senhor Tony.
Lá paguei.
Fui ao supermercado, com a receita, e comprei o chá verde.
A moça até se riu quando mostrei o que me foi receitado.
Sou da geração de Chernobyl!
Estou condenado a morrer envenenado.
Tony Vieira

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

o nosso candidato


Mesmo com acusações demagógicas de que sou alvo por parte da oposição, nos últimos 13 anos, tantos quantos estou no poleiro, as minhas maiorias políticas são cada vez mais confortáveis. Nas últimas eleições ganhei todas as mesas de voto e é bom que as pessoas percebam isso, porque eu também percebi com a questão do utilizador-pagador. O projecto que lidero há 13 anos é abrangente, consensual e foi sufragado pela população poveira que me admira. Estamos a construir parque periféricos para tirar os carros do centro da cidade, mas num quero que as pessoas venham a pé para o centro… …

Oh Magala, num fales nisso outra vez.

Antão é para falar de quê Rambo?

Hoje temos um texto do Gomes de Sá, moço aplicado na política e que muito boa conta tem dado de si, nas intervenções no jornal de todos nós, o Voz das Tricanas da Póvoa. Obrigado aí Karl Marx. Força aí Gomes!


SABER ESTAR NA OPOSIÇÃO

Por Gomes de Sá



Oh Sá, já num falaste disso noutro texto?

Não. Falei do Saber Não Estar.

E num é a mesma coisa?

Não Rambo. Saber estar é saber estar e saber não estar é saber não estar.

Muito bem Sá. Boa ideia. Nunca me tinha lembrado dessa ideia. Como é que foste lembrar-te?

Foi fácil Magala. Troquei o sim pelo não.

Como?

Onde era para pôr sim pus não.

Espectacular. Num está Rambo?

Está Magala. Força antão.


Respeito, seriedade, rigor, transparência, lealdade, são alguns dos princípios por que se deve pautar a nossa sociedade.

Espectacular esta frase Rambo.

Sem dúvida Magala.

Por esse motivo, sou candidato à Presidência da República, perdão, à Presidência do Varzim Sport Club, porque o clube precisa de uma bomba de gasolina, porque o clube precisa do índice 1.8 nos terrenos onde está o seu estádio. Eu sou a pessoa certa para estabelecer os laços entre o Varzim, a Câmara e a Dico. Tenho o “know how” sobre esta matéria porque já remodelei a Rua da Junqueira, a 31 de Janeiro e a Av. dos Banhos.

Essa frase é minha, oh Sá!

Desculpa Magala! Empolguei-me.

Prontos. Remata lá a dizer que és o nosso candidato.

Sou o candidato do Magala.

Fizemos a folha ao Lopenhos, Magala!

Num instantinho, Rambo.
(Risos)

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

aloue!



Rambo como é que vamos fazer para acabar com estes blogues, meu?

O Armindoutor. O que é teu assessor para o Natal, a Páscoa e o Carnaval. Sabes quem é?

Sei. Antão num havia de saber?

O Armindoutor recomendou que telefonássemos para um escritório de advogados na Califórnia que ele diz que são uma maravilha.

Ai é?

É. Os gajos põem uma acção no Tribunal da Califórnia, o único no mundo que pode obter os nomes dos que fazem esses blogues, e é limpinho.

Chama aí o Armindoutor.

Oh Armindoutor, pá, antão tu conheces um escritório de advogados na Califórnia.

Conheço sim senhora.

Que boa ideia. Como é que te foste lembrar dessa ideia?

Investiguei na Internet.

E tu sabes mexer na Internet?

Aprendi há pouco tempo.

E como é que se chama esse escritório?

Repolho & Associados, lda.

Repolho?

Sim Repolho. Mas num tem nada a ver com o nosso Repolho.

Ai num tem? É pena. Sempre o obrigava a fazer-nos um desconto.

E antão tens aí o número do telefone?

Tenho. E quem fala em inglês?

Falo eu. Aprendi umas coisas em Toronto e já me mexo bem.

Ora deixa cá marcar.

TRIIM TRIIM

Oi amor!

É uma gaja brasileira, Rambo.

Aloue!

Oi! Fala amor. É sexo oral, anual ou mensal que você quer?

Pá, é um número de encontros sexuais. Oh Armindoutor que é isto pá?

Ai que me enganei. É este o número.

Aloue!

Hello! Say yes.

Yes.

Speak now.

Is to ketch blogues.

Name of the blogs.

Rambo. Quais são os blogues?

Comércio da Póvoa, Zé Povinho, Povoaonline e Projecto Catraia.

Dize ones: Comércio… … … …

Ok my friend. One million dollars in cash.

Rambo, temos que dar um milhão de dólares.

Num há problema. Tiramos do Garrett.

Boa ideia. Como é que te foste lembrar desta ideia?

Hóquei maifrende. No problema. Tchau aí!

Tchau!

Gajo simpático Rambo.

É. Pagando eles são simpáticos.

E agora o que fazemos?

Vamos já telefonar ao Karl Marx e à Directora-Patroa para marcarmos uma conferência de imprensa prá assustar os gajos.

Boa ideia. Como é que foste lembrar?

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

câmara doa terreno à santa casa



Numa parceria que já se vem revelando frutífera, a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim fez doação à Santa Casa de um terreno que tem uma área de mais de 750 metros quadrados situada no lugar de Barreiros, numa zona nobre da cidade.

Pasme-se que a finalidade da doação é a construção de um edifício ligado à área da saúde, mas ainda não existe data para a sua construção.

Não sei se o leitor entende. O edifício para o qual foi doado o terreno ainda não tem data de construção.

Entendeu agora.

É porque se entendeu gostaria que comentasse a explicar isto porque eu ainda não consegui entender.

Que é feito do produto da venda de imóveis efectuados pela Santa Casa e publicitados em jornais locais?

Que é feito das mensalidades elevadíssimas pagas pelos idosos para poderem usufruir dos Serviços da instituição?

E o produto da venda do imóvel sito na Avenida dos Banhos colocado à venda na personalité, em cuja inauguração esteve precisamente o Salazar Pereira? Nestes últimos dias Salazar Pereira veio para os jornais dizer que a Misericórdia estava com dificuldades financeiras, porque tinha de dar apoio a idosos de outras cidades que vieram para cá viver.
Aqui é que está o problema. Esses idosos que são de famílias ricas de Santo Tirso, Guimarães, Braga, Famalicão, etc, etc, e ocuparam os lugares que deveriam estar destinados aos idosos que nasceram, viveram e deram tudo de si pela sua cidade.

Com todo os respeito pelos idosos de outras cidades, porque na terceira idade todos são iguais nas dificuldades em enfrentar a morte.

No entanto, há uns mais iguais do que outros.

Porque esses idosos que vieram de outras cidades criaram imensas dificuldades aos poveiros, porque a mensalidade que passaram a pagar à Santa Casa é incomportável para a esmagadora maioria deles, bem como as doações de prédios que a Santa Casa colocou à venda, até em imobiliárias como foi o caso deste.


Ondes está o dinheiro produto da venda destes imóveis e das mensalidades astronómicas pagas pelos utentes?

Querem prova disto que estou a escrever? Leiam este extrato:



Se justiça houvesse todos eles já deveriam estar presos, autarcas e provedor.

Veja as fotos do momento da assinatura da escritura.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

acredito no pai natal


Sinto que devo acreditar que o Pai Natal existe.

É a única forma de compreender a razão por que ele nunca me oferece nada no dia de Natal.

Talvez porque eu nunca lhe dei nada. O Pai Natal é vingativo.

Como acredito no Pai Natal acredito também na existência do Céu e do Inferno.

Sem dúvida. Como todos os católicos, acho que o céu está repleto de anjos vestidos de branco, em forma de mulher, é claro, onde tudo está em paz, em cima de nuvens brancas, com "água do luso" à discrição.

Como acredito que no Inferno existe fogo, monstros e mulheres nuas. Agora fiquei com dúvidas. Se existe fogo como é que alguém lá pode sobreviver. O fogo destrói. Se tudo está destruído, como é que se pode ir lá parar?

Realmente ir para o céu e ter de aturar o Carlos Padre Mateus, o Salazar Pereira e outros, não me parece aquilo que se possa chamar uma boa ideia.

Eu acho que esses, e outros que por aí andam a pregar a solidariedade e a religiosidade, têm a certeza que vão para o Céu.

Trabalham para isso. Eu acho que quem trabalha para ir para o Céu merece.

Eu acho que é preciso fazer algo nesta vida para merecer a outra.

Por exemplo: O Carlos Padre Mateus que dá cursos de casamento.

Um homem assim, benfeitor, deve ir para o céu.

Já aquele, ou aquela, que após o curso se divorcia deve ir para o Inferno, porque não seguiu os ensinamentos do Carlos Padre.Salazar Pereira, como outro exemplo:

Salazar Pereira tem lugar garantido no Céu.

Alguém pode questionar esse facto?

Então o Provedor da Santa Casa da Misericórdia havia de ir para o Inferno?

É a Santa Casa. Não é uma Casa qualquer.

Eu acho que Salazar Pereira está consciente, ou melhor, tem a certeza que vai para o Céu.Todos queriam ser o Salazar Pereira para ter a certeza de que vão para o Céu.

No fundo, é tudo uma questão de inveja.

Eu acho que quem passa os dias na Santa Casa fala com Deus. Tem que falar. A Casa é Santa. Se é Santa, Deus anda por lá. Pode até estar disfarçado de Lopenhos ou de Magala, mas estar está, de certeza.

Se não estivesse acabava a santidade da casa, porque tudo tem um custo e o custo da Santa Casa sem Deus era insuportável. Eu estou convencido que Salazar Pereira não acredita na existência de Céu e Inferno, muito embora seja frequente vê-lo rezar em público.

Se assim fosse, face ao que rouba, Salazar ia para o Inferno. Só que ele sabe que o Inferno não existe e então rouba à desgarrada.

Estava eu com estes pensamentos precisamente em frente à tal casa que foi doada à Santa Casa, e que os pedantes da “personalite com dois n’s” colocaram à venda.

O leitor repare bem na foto.

Esta casa situa-se na Avenida dos Banhos uns metros a norte do Guarda-Sol, cujo cheiro a molho de francesinha é insuportável.Uma casa destas, que sobreviveu à catástrofe que foi o terramoto da construção civil na cidade, deve custar cerca de um milhão de euros. Não acha o leitor?

Quem doa uma casa destas e doa à Santa Casa, ainda por cima, vai para o Céu de certeza absoluta.

Melhor ainda. Vai lá ter tratamento VIP. Tudo luxuoso.

Ou acham que Deus ia tratar este fulano como trata aqueles que dão um cordão de ouro, 10 euros ou umas calças usadas?

Este é um cliente especial.

Salazar Pereira, cofiando o seu hitleriano bigode, aconselhou:

Num me dês a mim comum mortal. Dá antes à Santa Casa, senão vais tu e vou eu para o inferno da prisão. Agora vai lá à tua vida e que Salazar, digo, Deus te abençoe.

Era muito descaramento o Salazar ficar com a esta casa.

Não fiquem com pena dele. O homem safa-se.

Safa-se ele, safam-se os outros que com ele lá estão, e agora até as assistentes sociais da Segurança Social se querem safar e safam-se, ao que tudo indica.Grandes desavergonhadas!

Até eu me safava se lá estivesse.

Eu acho que não devemos condenar estas pessoas que se safam na vida.

A nossa obrigação é trabalhar para acumular fortuna e deixar para a Santa Casa, o Salazar Pereira, a mulher, a filha e todos os outros que se querem safar.

Nem todos se podem safar como se safa o Rambo e, mais ainda, o Magala.Esses estão legitimados pelo voto popular para se safarem.

Quem lá os pôs que os tire.Eu não os critico. Se estivesse no lugar deles também me safava.

Até podia ir para o Inferno, mas tinha o Céu enquanto vivo.

Não seja ranhoso leitor.

Se não pode dar uma casa como esta à Santa Casa, arrisca-se a ir para o Inferno.

Fui andando para sul.

De repente dou de caras com a esplanada do Brandão, antiga glória do Varzim, e provavelmente a maior cabeça da sua história, Varzim.

Repare leitor que não estou a dizer isto por qualquer rancor para com o homem.

Ele é uma cabeça e tanto.

Conseguiu enganar a Câmara toda, desde o Presidente aos fiscais.

Não é qualquer pessoa que consegue esse feito.

Lembrem-se que o Magala gaba-se de ninguém o enganar, mas não se gaba de enganar os outros, mas o Rambo é fino como um rato, porque mama às escondidas.

O Brandão enganou-os a todos. Mas não se gaba disso.

Repare bem o leitor na esplanada do Brandão.

Ocupa meio passeio e ainda parte do estacionamento.

Será que ele paga diariamente aquilo que a Câmara auferiria com o dito espaço, se o mesmo estivesse disponível para estacionamento?

Garanto uma coisa:Eu não me sentava ali.

Suponha o leitor que um qualquer tipo vem disparado de sul para norte e se enfaixa na dita esplanada.

Dificilmente alguém sobrevive ao impacto sem mazelas para o resto da vida.

É que depois, mesmo indo para o céu, de que vale isso se um tipo está aleijado?

Ao passar junto à porta estava ele, Brandão, com o rolo da massa.

Enganaste-os bem Brandão, disse eu.

Conheço-te de algum lado pá, disse Brandão a bater com o rolo na mão.

Foste o melhor avançado de sempre do Varzim, Brandão, disse eu.

O homem, coitado, já me queria convidar para entrar.

Obrigado Brandãozinho, mas vou ali ao Tony do Mostarda comer uma sandes mista e um galão, disse eu já longe, não fosse o gajo perder a cabeça.

Um tipo como o Brandão quando perde a cabeça perde tudo, porque ele vive da cabeça, ele usa a cabeça, ele enganou a Câmara toda.

Fui a caminhar pela Praça João XXIII, também conhecida por “praceta” e, ao chegar ao Tony dou de caras com o Tone. Atenção Tony não é Tone. Não é qualquer um que usa Tony, mas Tone são muitos.

Eu acho que o Tone vai para o Céu.

Um tipo que arranja emprego para a sobrinha é um benfeitor.

É o único aspecto que eu critico no trabalho do Salazar Pereira:

É falta de critério na escolha dos benfeitores.

Tone devia receber uma medalha pelas benfeitorias que praticou.

Há quem diga que ele vai para o Inferno. Sinceramente não acredito.

De repente tropeço e caio estatelado na relva em frente ao café do Tony, o Mostarda.

Fosda-se, disse eu, mas perdi perdão imediatamente porque pretendo ir para o Céu.

Estás perdoado, disse logo Tone, muito solícito, fazendo lembrar os tempos em que quando estava pendente o processo-crime por abuso de poder, em que ele e o Rambo foram condenados, dirigiu-se a todas as associações, com a “esposíssima esposa”, para se inscrever e, desse modo, transmitir publicamente a ideia de benfeitor.

O Tone tem que ir para o Céu. Ele e o Rambo juntos, com o champanhe que não gastaram quando a sentença foi proferida pelo Juiz: CONDENADOS!

Que merda é esta Tony? Gritei eu.

Fosda-se. Um vaso no meio do caminho pá? Disse eu de cabeça perdida e já pronto para andar à pancada.

O leitor veja a foto e diga, do fundo do seu coração, se eu não tenho razão.O Tony colocou um vaso no caminho para as pessoas não poderem atravessar.Vais pró inferno, disse-lhe eu ainda com os pensamentos na dicotomia.

Que foi Tony? Disse ele.

Que foi Tony, digo eu, respondi eu, claro.

Deixaste uns euros na Câmara seu sacana, disse-lhe eu.

Sabes que a gente tem sempre lá uns amigos e tal. Aqui o Tone. Disse ele a olhar para o Tone.

O Tone engasgou-se com os tremoços que estava a comer.

Que vai ser Tony?

Traz-me um galão morno e uma sandes mista, sem manteiga. Ouviste bem?

Já trago Tony. Disse o Tony que não sou eu.

Neste entretanto e enquanto observava o Tony a preparar a sandes reparei que ele não usa chapéu de cozinheiro.

Acho obrigatório.

Com aquele cabelo pastoso e os óculos a caírem-lhe para o nariz, é obrigatório o uso de chapéu.

Não é nada, não é nada, mas pode vir um cabelo junto.

Ou então que contrate um cozinheiro.

Nem esperei. Fui embora.

Ainda pensei ir ao Torreão do ex-sócio do Tony, o Nelo, mas quando me lembro que ele vai para a casa de banho ler o jornal “A Bola” durante 30 minutos pensei:

Já ninguém consegue ler o raio do jornal. E fiz o sinal da cruz, por causa do raio.

Antes de ir para casa preparar-me para a naite, ainda passei no Tony da sapataria, um velho amigo, para ver se comprava um calçado moderno, na moda.

Então Tony? Estás em forma? Eu a perguntar ao outro.

Estava melhor se pusessem uma cobertura na Junqueira. Disse o Tony.

De uma cobertura precisas tu nessa cabeça careca. Disse-lhe eu.

O homem ficou meio envergonhado.

Que é que tens aí prá naite? Perguntei eu.

Tony, tenho aqui estas sandálias modernas. É o último grito. Até eu já as uso.

Mostra. Isto vende na Feira do Roque Santeiro, pá.

Já nem comprei nada. Levei os meus velhos sapatos que tanto sucesso fazem entre o mulherio.

À noite fui para a “naite”, o que é algo diferente: Noite é noite, naite é naite.

Um amigo, o Zé Numfodenemsaidecima, disse-me: Aparece Tony. Eu controlo a naite na Póvoa.

Outro. Pensei cá com os meus botões.

O Zé é um tipo que toma banho às 3 da tarde e vai almoçar em seguida, sempre a olhar para o relógio.

Tem lógica a atitude dele. Se às 3 da tarde tem o cabelo molhado é porque se deitou tarde e se deitou tarde é porque a naite rendeu e se a naite rendeu é porque controla.

Não é qualquer um que controla na naite.

Há os que dizem que controlam, mas é só garganta.

O Zé Numfodenemsaidecima controla. Isso é um dado objectivo. O que controla é que não se sabe.

À noite pensei: Onde raio vou jantar?

Será que existe algum restaurante decente na Póvoa.

As pessoas falam muito no “Nosso Café”, ali ao lado das Finanças.

Sinceramente. Acho que a maioria não sabe o que é comer bem.

Há uns quinze dias saí do “Nosso Café” com a roupa a cheirar a comida.

No interior aquilo parecia uma sauna.

Para quem, como eu, tem sempre companhia feminina disponível, não é muito agradável comparecer ao amor a cheirar a cozinha.

Parece que o dono tem poupado muito dinheiro no “ar condicionado”. Coitado. É de ter pena.

Pena? Têm as galinhas. Não se consegue estar lá dentro e o resto é conversa.

Comecei a naite, por conselho do Zé Nem… … ali no karaoke da Caetano de Oliveira.

Vai lá Tony. Aquilo pára sempre lá umas gajas boas, disse o Nem… …

A poucos metros reconheci, imediatamente, o Mário.

Com um papel na mão recordava a sua juventude no 25 de Abril:

“Quis saber quem sou,

O que faço aqui.”

Cantava ele, imitando o Paulo de Carvalho.

Já não tens idade pá. Gritei eu.

Mário fez sinal de “um minuto”.

Fugi. Ainda me vinha chatear com os Mamas & Papas.

Em seguida fui à casota que dá pelo nome de “Plastic”.

Nem queria acreditar.

A miúda mais velha tinha cerca de 14 anos.

São os tais pais modernos. Aqueles que se orgulham da educação que dão aos filhos.

Sempre tentei perceber o que faz uma garota de 14 anos às duas da manhã num bar.

Será que não existe polícia?

E o gerente do bar? Será que não tem qualquer responsabilidade?

É ponto assente que se um cliente quiser ter uma ideia muito definida sobre a qualidade de um estabelecimento de restauração, o primeiro passo que tem de dar é ir à casa de banho.

Uma casa de banho porca revela o cariz do dono do referido.

A do Plastic é um nojo. “Pintelhos” por todo lado, Já não devia ser lavada há 15 dias.

Logo que entrei no Plastic senti aquele ambiente próprio de sauna.

Um calor insuportável.

Eu acho que empresários como este são vigaristas, porque deveriam ter o ar condicionado ligado.

Assim é fácil. Para além de não gastarem dinheiro na sua instalação, manutenção e ligação, ainda obrigam os clientes a suar lá dentro e a consumir mais bebidas.

Até seria aceitável o último ponto não fosse dar-se o caso de que, hoje em dia, só se beber porcarias nas discotecas.

Passo a explicar.

Sou daqueles que acham que o Gin Tónico é a bebidazinha de Verão.

Foi isso que pedi no balcão.

Ao meu lado um grupo de rapazolas e miúdas, todas menores, bebiam algo a que comummente se chama “shot”, cuja composição é normalmente explosiva.

Trata-se de um cocktail de bebidas com alto teor alcoólico, que se misturam num pequeno copo.As quantidades têm de ser mínimas para evitar desastres.

O problema é que por serem baratos os shot’s são consumidos em grandes quantidades.

Como o efeito no corpo é retardado, só uma hora depois e após 3 ou 4 shot’s é que vem o disparo (shot).

É nessa altura que se vêm as miúdas a vomitar, como já foi o caso da filha do… …Bom! Não digo.

Pedi um Ginzinho Tónico.

A moça coloca uma porção de Gin num copo e depois abre uma garrafa de litro e meio de água tónica.

Ei, ei! Disse eu. Quero uma garrafinha de água tónica à parte. Gosto de beber água tónica.

Garrafinha num temos, disse a moça.

O quê? Essa água tónica já está choca.

Quando dizia isto aparece o dono, um careca com ar de segurança.

Eu acho que todos os seguranças são carecas, ou simulam.

É certo que um tipo com a cabeça rapada fica com um ar mais agressivo.

Um tipo careca que vá a um bar até pode nem ser segurança mas que fica imediatamente rotulado, fica.

Por via das dúvidas fui embora.

Tive receio de ter de lhe partir a tabuleta.

Na caixa diz-me o matraquilho que estava a receber o dinheiro que tinha de pagar o consumo mínimo.

Só coloquei o dedo indicador na testa.

Tu num sabes quem eu sou, meu!

O rapaz ficou cheio de medo. Até tive pena dele.

Já cá fora aspirei o ar puro do esgoto ali ao lado, o tal que manda as salmonelas para as praias.

Fosda-se! Que terra. Exclamei já desesperado.

Aparece outra vez o Zé Nem… …cheio de pressa.

Onde vais Nem?

Vou ter que ir embora. Uma gaja que controlo está à minha espera.

Agora? Às duas da manhã? Perguntei eu.

É. Foi a hora que eu disse que estava disponível.

Grande Nem… …!

Tony. Aparece no Dali Daki. Está porreiro aquilo. Eu controlo a situação.

Lá fui.

Quando entrei já lá estava o Nem, outra vez cheio de pressa.

Então Nem… … Não devias estar com a moça?

Hoje num posso. Já lhe telefonei. Mas aquilo é material controlado.

A primeira coisa que fiz quando entrei no Dali Daki foi ir à casa de banho.

Pior do que a do Plastic.

Aliás, aquilo nem se pode chamar uma casa de banho.

O próprio bar já é uma casota. Agora imagine leitor a casa de banho!

Um tipo tem que rodar sobre si próprio para fazer qualquer coisa.

Já estava toda vomitada.

Foram os shot’s, pensei eu.

Aliás, nunca percebi aquele ritual de consumo dos shot’s, em que se bate com os copos no balcão, roda-se à volta da cabeça e se bebe de uma só vez.

Uma vez tive para dar um estalo em meia dúzia, tipo dominó.

Nem cinco minutos fiquei no Dali Daki.

Na saída olhei para a pizzaria em frente.

Pensei:Tem o mesmo formato disto.

Será que a casa de banho também é como esta?

Imaginei logo pizzas, queijo derretido, orégãos, pintelhos e… ….Fiquei enojado.

Sempre me disseram:

Nunca comemores um acontecimento antes da data.


É hoje que o povoaonline faz dois anos de existência.



Tony Vieira

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

folha municipal










Por Buenos

VEM AÍ O GARRETT!






Quem gritou isso pá?

VEM AÍ A AV. MOUZINHO!






Quem está a gritar isso pá?

Leitor:

Parece que estamos com uma rebelião dentro da Câmara. É melhor voltar amanhã, quando a tropa de choque já tiver resolvido o problema.
Desculpe o incómodo, leitor.


Oh Buenos eu bem te avisei que hoje era dia 1 de Abril.







Sai daqui ave agoirenta!

Buenos

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

o futuro do psd


O Em Agonia deve ser o tipo mais feio da Póvoa de Varzim.

É difícil encontrar alguém mais feio.

Como competidor directo talvez Macedo Vieira com aquele bigode resquício da década de 70, a época dos "hippies".

Macedo Vieira era tido como o homem mais feio da Póvoa de Varzim até este Em Agonia oferecer o jantar à Unita e, antes disso, ter junto 150 familiares num jantar.

Estão a imaginar: se todos forem feios como ele, o que é natural porque são da família, fácil se torna adivinhar a galeria de monstros presente nesse evento.

Mas este Em Agonia, em tempos, ambicionou ser Presidente da Câmara, julgo que até como concorrente de Macedo Vieira, resultando daí um azedume mútuo com reflexos no presente.

Quem disso tirou proveito foi Azeite, o come à borla, que mais uma vez encheu a pança de comida, sem largar um euro.

Agora imagine o leitor ter o Em Agonia como Presidente da Câmara:

Era a Avenida Mouzinho de Albuquerque preenchida com Hospores, cheios de enfermeiras e os poveiros mais ressequidos sexualmente em fila para levar a “picada de enfermeira”, ao som de Quim Barreiros, enquanto Em Agonia acompanhado da amante se ria desbragadamente.

Bom! Não foi para isto que o Tony Vieira me convidou para escrever.

Passemos, pois, ao assunto do dia.

O FUTURO DO PSD!

Penso que todo o cidadão poveiro se deve preocupar com o futuro do PSD local, um partido que já teve grandes pensadores políticos no passado como Silva Pereira, Manuel Agonia ou Manuel Vaz e demonstra uma grande pujança no presente, sob a batuta de dois cérebros que se guerreiam pela ideia mais brilhante para apresentarem aos poveiros: Macedo Vieira e Aires Pereira.

E o futuro, se tivermos em consideração a linhagem atrás referida, revela-se risonho a todos os títulos.

O leitor repare bem na foto.

Temos o Barrosão ao centro, um rapaz com um currículo invejável na solidariedade, e duas moças a ladeá-lo, uma desconhecida e a outra a já famosa Sandra Rita.

Comecemos pelo Barrosão.

Barrosão faz parte daquele restrito número de escribas do Póvoa Semanário, no qual se incluem dois “Manuel Maria Carrilhos” do PS local, o contabilista que ainda não viu no espelho a figura que faz a coscuvilhar com o Virgílio Tavares na porta da Ourivesaria, e o Torreão que tem por hábito oferecer livros, naquele tom entre o jocoso e o pseudo-intelectual.

Numa das últimas semanas, Barrosão escreveu um texto sobre o que se convencionou denominar “saber estar na política”, como se a expressão existisse em qualquer Manual de Ciência Política.

Afinal de contas, Barrosão, o que é “estar na política”?

E quem te disse a ti que estavas na política?

Barrosão inicia o seu texto desta forma:



É caso para dizer: coitado, não tem como passar o tempo.

A ladear Barrosão temos a tal Sandra Rita, uma moça dotada de uma certa formosura, rara no meio partidário e, consequentemente, alvo de cobiça entre colegas de partido.

A sua (ainda que normal) beleza trouxe-lhe alguns amargos de boca nas lides diárias com o Tone, na qualidade de Presidente da Varzim Lazer.

É que, ao contrário de outras, Sandra não se roçava no Tone, o que motivou enorme animosidade da parte daquele que foi tido, por todos os poveiros, como um funcionário exemplar, tão exemplar que quando se viu a braços com o processo-crime Tone pegou na esposa e inscreveu-se em tudo o que era instituição de solidariedade social, sempre pela quota mínima.

Até que no último ano de gestão da empresa municipal, quando Tone passou a entrar a horas completamente absurdas como 8 da manhã, Sandra sentiu que tinha o espaço mais arejado dentro da Varzim Lazer.

É que não obstante Tone entrar cedo, cedo saía para ir prestar serviços para a Câmara Municipal de Caminha em regime de avença, de onde só voltava no final do dia, picando novamente o cartão e regressando a casa com aquela pesada sensação do dever cumprido.

E perguntarão os leitores: Mas Macedo Vieira não sabia disso?

Sabia tão bem como quando estava no Rio de Janeiro com o Tino e mais uma corja de chulos da Póvoa de Varzim a passear à custa do dinheiro dos poveiros, e o Tone a levar com um processo disciplinar e consequente reforma compulsiva.

Ponham a Catarina Pessanha e o Virgílio Tavares a falar.

Sem “rei nem roque” a Varzim Lazer estava, como ainda está, entregue à bicharada.

Foi nessa altura que Sandra Rita, estudante de Direito, sentiu que tinha o caminho livre para fazer uns desvios na entrada de receitas, vindas da frequência dos utentes.

Sentiu, no fundo, aquilo que os políticos do partido dela continuam a sentir: a sensação de impunidade.

Porém, foi apanhada.

E como o Tone não gostava dela descarrega-lhe um processo disciplinar, cuja consequência seria o despedimento. Seria. Pensou bem o leitor.

Dois leitores deixaram AQUI o seguinte comentário sobre isto:

Caros Senhores do Povoa Online,
Como vocês gostam e bem de investigar, investiguem lá esta: Lembram-se de uma tal menina chamada Sandra Rita que trabalhou na Varzim Lazer e que foi despedida com um processo disciplinar por ser apanhada a roubar da caixa?
Pois é esta é a mesma que esteve a apresentar o jantar do PSD na sexta-feira, onde foi toda a noite elogiada pelo seu desempenho. Pois é esta é a senhora que agora tem um tacho, ou melhor uma panela nos serviços jurídicos da Câmara.
Isto é inacreditável, como é que alguém que é apanhada a roubar passa a ser porta-voz do PSD, e pior como é que é depois contratada para trabalhar na autarquia?
Será que já não há vergonha nesta Terra.
Às vezes tenho mesmo vergonha de ser Poveiro.
Ora aí está como nem tudo na vida é infinito.
Se a menina roubava na caixa da Varzim Lazer, mas não era filiada no PSD, que melhor justiça se podia fazer?
Filia-la e, arranjar uma colocação compatível dentro da estrutura. Porta-voz dos donos, com futuro assegurado pelos poveiros, lugar no covil camarário.
No meio de gente séria, e honesta, pode reclamar por direito.

Realmente assim foi. Depois de despedida Sandra Rita transitou para os serviços jurídicos da Câmara Municipal.

Mas mais ainda: passou a fazer parte do Secretariado feminino da Distrital do Porto do PSD, cujo Presidente é o nosso conhecido Marco António Costa, o senhor dos apartamentos no Porto.


Já os mais atentos perceberam quem esteve por trás da salvação de Sandra Rita: Aires Pereira.

E Aires Pereira comportou-se nesta matéria como um justiceiro, aquele que aplica a justiça dos homens.

Senão vejamos: O Tone não roubava forte e feio na Varzim Lazer? Claro que roubava. Um tipo que deveria estar a gerir a empresa e ia, durante as horas de expediente, para Caminha trabalhar auferindo dois rendimentos, é ou não um ladrão do erário público?

E ainda dava senhas de presença ao Macedo Vieira, no valor de 250 Euros, de reuniões que nunca existiram.

Calminha amigos. Temos documentação disto tudo. Bico caladinho.

Por isso, ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão, como diz o povo. E assim pensou Aires Pereira ao promover a Sandra Rita ao estatuto que agora apresenta.

É este PSD que quer ser alternativa a José Sócrates.

Já eram ladrões antes de o serem.


Florbela Espanca os Poveiros, num exclusivo para o Povoaonline.

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