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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

sessões de câmara (5) nepotismo, clientelismo e mediocridade


Poderia apontar diversos exemplos de funcionários contratados pela autarquia poveira apenas com base em critérios de apelido familiar, preferência política ou cunha de pessoa influente.

No entanto, creio ser suficiente, para demonstrar o caos que paira na área de recursos humanos, referir a categoria jurista.

São muitos os juristas contratados pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. Muitos mais do que as necessidades efectivas para dar resposta aos problemas que decorrem do seu normal funcionamento.

Creio, com elevado grau de certeza, que nenhum dos que lá trabalha foi contratado por mérito pessoal. Lembro aqui o genro do Zé Azevedo, antigo estagiário do escritório do Dr. José Reina, esse grande amigo de Macedo Vieira, a filha do Quilores, casada com o Presidente do Clube Desportivo da Póvoa, a mulher desse moço da livraria Minerva, o Bago, a mulher do advogado da Califórnia, que deu mais despesa pelo tamanho da cadeira, a Sandra Rita que teve um processo disciplinar na Varzim Lazer cuja sanção foi a sua contratação pela Câmara, algo inédito, ou talvez não. Enfim, um rol exemplar.

Só para dar alguns exemplos de contratações em desobediência às regras previamente impostas de selecção dos candidatos.

O que faz tanta gente com a mesma licenciatura?

O trivial, o corrente, o levezinho.

Porque os grandes processos, as grandes causas, os assuntos complicados, aquilo que coloca em cheque a autarquia, esses são entregues a advogados de renome.

Como é o caso de Lopes Cardoso.

De Lopes Cardoso poder-se-ia dizer que aufere um chorudo ordenado só com a nossa Câmara como cliente.Veja o leitor que só nesta carta, correspondente a um processo, o causídico pede 1 500 contos de provisão. Estávamos em 2001.

É apenas uma amostra. Se o leitor quiser perder tempo a ler as actas vai reparar nas quantias absurdas que são pedidas por este advogado.

Se a Câmara contrata tantos juristas porque não entregar-lhes estas causas?

Por mediocridade dos contratados, presumo eu.

Para prejuízo dos cidadãos que têm de arcar com todas estas despesas, ou por acaso julgam que é Macedo Vieira e Aires Pereira que pagam do próprio bolso?



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